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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A CUT (Central Única dos Trabalhadores), demais centrais sindicais e movimentos populares iniciaram na sexta-feira passada (16), a Jornada permanente de mobilização contra a política monetária do Banco Central, com um ato realizado em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, abrindo a campanha até o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, parar de boicotar o país e baixar a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75%, a maior praticada no mundo (confira detalhes da manifestação no estado de São Paulo em nosso site: www.bancariosrio.org.br).
Nesta terça-feira (20), tem protesto no Rio, em frente ao edifício do Banco Central, na Avenida Presidente Vargas, 730, a partir das 11h.
“É preciso diminuir o endividamento das famílias e para isso é necessário que se melhore as condições econômicas. O governo tem feito a parte dele, mas o Banco Central tem que urgentemente fazer a sua, iniciando a redução das taxas de juros já na reunião que ocorre essa semana”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio José Ferreira.
Nas redes sociais, a campanha continua a todo vapor com as hashtags #JurosBaixosJá e #ForaCamposNeto.
Basta de sabotagem
Economistas, empresários do setor da indústria e do varejo e até agências de consultoria do mercado alegam que nada justifica o BC manter os juros nas alturas, pois todos os indicativos apontam para a queda da inflação, que não é de demanda, e há otimismo em relação à economia brasileira. Pesquisa realizada pelo BTG Pactual com agentes do mercado mostra que 61% dos entrevistados apostam que o ciclo de queda dos juros básicos (Selic) começa a acontecer na primeira reunião de agosto do Copom. Mas para muitos especialistas já há ambiente para queda da Selic, a taxa básica de juros, na reunião desta semana prevista para terça (20) e quarta-feira (21).
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) alterou de “estável” para “positiva” a perspectiva da economia brasileira. A empresa de consultoria divulgou na quarta-feira (14) que desde 2019 não ocorria uma melhora na classificação de risco no país, tendo o índice estagnado nos quatro anos do governo anterior. O anúncio do chamado “arcabouço fiscal” pela equipe econômica do governo Lula e o contínuo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), acima do esperado pelo mercado, são apontados como explicações para a melhora nos indicadores
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Venda do carro zero
Outra medida que ajuda na recuperação da economia é a isenção temporária para o setor automotivo criada pelo atual governo, baixando o preço do carro zero e surpreendo as concessionárias, que preveem o fim do estoque dos veículos mais baratos ainda este mês. O incentivo do governo de R$500 milhões para o setor fez o número de clientes triplicarem. Os empresários de concessionárias avaliam que se o BC baixasse os juros, muito mais gente sairia das lojas de carro novo.