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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu na última segunda-feira (12), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O encontro deu continuidade à instalação do Grupo de Trabalho (GT) bipartite para avaliar os dados estatísticos, bem como a possibilidade de acordo acerca de adoção de dispositivos de segurança bancária.
Bancos intransigentes
Os representantes da Fenaban repetiram a postura apresentada na Campanha Nacional e disseram que “houve redução no número de assaltos a agências e postos bancários de 2000 a 2021” e querem que a representação dos trabalhadores se junte aos bancos e atuem contra as normas estaduais e municipais de segurança, que exigem aparatos de segurança além dos previstos na Lei 7.102/1983, que regulamenta a segurança bancária.
O movimento sindical se nega a aceitar a redução de aparatos de seguranças.
“Ao invés de retirar equipamentos de segurança das agências bancárias como têm feito os bancos, deveríamos aumentar itens de segurança, demanda que inclusive já existe em nossa minuta de reinvindicações, afim de proteger cada vez mais a vida das pessoas, os trabalhadores e trabalhadoras do setor bancário, clientes e usuários. Vamos procurar também parlamentares para que proponham leis municipais e estaduais que garantam a vida das pessoas nas agências bancárias”, disse o diretor do Sindicato do Rio André Spiga.
Números do Dieese
Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aponta que, ainda que em números relativos as transações via agências tenham perdido espaço, 48% delas são com movimentação financeira e que isso demonstra a importância de haver sistemas de segurança e vigilantes em qualquer tipo de agência bancária.
Tensão nas agências
Os dirigentes sindicais também expuseram aos banqueiros às agressões que os trabalhadores vêm sofrendo nos últimos meses, em função da tensão criada no atendimento ao público, que vem piorando devido as demissões no setor.
“A presença de seguranças é importante não apenas para inibir assaltos, mas também para proteção física dos funcionários contra clientes estressados por causa do aumento de demanda nas unidades, em função da extinção de agências físicas pelos bancos”, explicou Spiga.
Outro fato que preocupa os sindicalistas é o aumento dos registros e da venda de armas nos últimos anos no país, incentivado durante o governo Bolsonaro.