O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro realizou na segunda-feira (12), mais uma manifestação contra o processo de extinção de agências físicas e demissões impostas pelo Itaú. A atividade denunciou também a sobrecarga dos bancários e bancárias nas unidades que continuam abertas e acolhem as demandas das agências extintas e o adoecimento da categoria em função da pressão e do assédio moral para o atingimento de metas.

Funcionários preocupados

Os sindicalistas percorreram as unidades de Barão de Mesquita, na Tijuca, a da Avenida Brás de Pina, em Vista Alegre, além de Coelho Neto, todas na Zona Norte e uma no Flamengo, Zona Sul da cidade. Houve retardamento da abertura das agências.
“Pelo levantamento que fizemos, percebemos que os funcionários estão tensos com a preocupação quanto ao futuro, pois não sabem se seus locais de trabalho serão fechados e os empregos garantidos”, disse a diretoria do Sindicato Maria Izabel, que é representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados). O funcionalismo e também clientes e usuários apoiaram integralmente as atividades do Sindicato.

Categoria adoecida

Em Coelho Neto e Vista Alegre a situação não é diferente, como explicou a diretora do Sindicato, Jô Araújo.
“É cada vez maior o aumento da pressão psicológica e do assédio moral no Itaú. Hoje, pelo menos metade dos casos de doença ocupacionais é de caráter psíquico e emocional e a categoria está trabalhando à base de remédios”, destacou.
“Na região de Vista Alegre já foi fechada uma agência, ficando duas unidades funcionando que atendem em torno de 16 mil clientes, sendo um grande percentual de idosos, que sofrem com as filas. Exigimos um atendimento digno à população, que paga tarifas caras por isso e o sistema financeiro precisa assumir sua responsabilidade social”, declarou Adriana Nalesso, diretora do Jurídico do Sindicato e presidenta da Federa/RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro).