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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Os Comitês Populares de Lutas realizam nesta quarta-feira (7), das 11h âs 13h, mais um protesto contra a política de juros altos praticada pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. A manutenção da Selic, a taxa básica de juros, em 13,75% tem sido alvo de críticas por parte de empresários do setor produtivo, como indústria e varejo, movimentos sindical e social e economistas, inclusive os mais liberais, já que a atual inflação brasileira não é de demanda e a expectativa é de redução dos preços.
A ideia é realizar atos toda quarta-feira até o BC baixas os juros, cuja decisão é da instituição e não mais do governo, desde que o ex-ministro da Economia Paulo Guedes implementou a chamada "autonomia" do BC, aprovada pelo Congresso Nacional.
Falta baixar os juros
A equipe econômica do governo Lula tem tomado medidas importantes para recuperar a economia do país, como mudança na política de preços dos combustíveis pela Petrobras, o refinanciamento com juros baixos para endividados e a redução de impostos para baratear carros populares, mas sem a redução dos juros e com o crédito caro, empresas e pessoas físicas não conseguem dinheiro no banco para investir e consumir, elevando o endividamento e também a dívida pública.
Brasileiros endividados
Os bancos praticam no Brasil, puxados pela alta da Selic, os maiores juros do planeta no cartão de crédito. O Itaú, por exemplo cobra 377% ao ano de juros e há pequenas instituiçôes financeiras que chegam a praticar 1.500% ao ano.
O Brasil tem hoje 62 milhões de pessoas humilhadas no SPC, impedidas de comprar produtos através de parcelamento. E pelo menos 70% dos brasileiros está com pendências com os bancos.