Quarta, 07 Junho 2023 11:07

Trabalhadores vão protestar todas as quartas contra juros altos em frente ao BC

Mobilização denuncia política do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, que impede retomada do desenvolvimento econômico

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

Os Comitês Populares de Lutas realizam nesta quarta-feira (7), das 11h âs 13h, mais um protesto contra a política de juros altos praticada pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. A manutenção da Selic, a taxa básica de juros, em 13,75% tem sido alvo de críticas por parte de empresários do setor produtivo, como indústria e varejo, movimentos sindical e social e economistas, inclusive os mais liberais, já que a atual inflação brasileira não é de demanda e a expectativa é de redução dos preços. 

A ideia é realizar atos toda quarta-feira até o BC baixas os juros, cuja decisão é da instituição e não mais do governo, desde que o ex-ministro da Economia Paulo Guedes implementou a chamada "autonomia" do BC, aprovada pelo Congresso Nacional.

Falta baixar os juros

A equipe econômica do governo Lula tem tomado medidas importantes para recuperar a economia do país, como mudança na política de preços dos combustíveis pela Petrobras, o refinanciamento com juros baixos para endividados e a redução de impostos para baratear carros populares, mas sem a redução dos juros e com o crédito caro, empresas e pessoas físicas não conseguem dinheiro no banco para investir e consumir, elevando o endividamento e também a dívida pública. 

Brasileiros endividados 

Os bancos praticam no Brasil, puxados pela alta da Selic, os maiores juros do planeta no cartão de crédito. O Itaú, por exemplo cobra 377% ao ano de juros e há pequenas instituiçôes financeiras que chegam a praticar 1.500% ao ano. 

O Brasil tem hoje 62 milhões de pessoas humilhadas no SPC, impedidas de comprar produtos através de parcelamento. E pelo menos 70% dos brasileiros está com pendências com os bancos. 

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