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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O movimento sindical, através do coletivo nacional, voltou a debater no último dia 17 de maio o tema da segurança bancária. Na avaliação dos sindicalistas, os bancos aproveitaram a preocupação da sociedade voltada para a pandemia da covid-19 para promover um desmonte nesta área tão importante para a categoria e para a população.
Comitês consultivos
O governo Bolsonaro havia extinguido um importante instrumento que trata do tema, a Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), que envolvia a Polícia Federal, bancários e vigilantes. O decreto do governo anterior manteve 32 comitês consultivos em funcionamento, o que representa apenas 1,2% do total de 2.593 colegiados ligados ao governo, segundo levantamento do próprio Ministério da Economia, na época.
“Os bancos fazem lobby para propostas de criação de leis nas câmaras de vereadores e assembleias legislativas que flexibilizam e reduzem equipamentos de segurança nas agências”, critica o diretor do Sindicato do Rio, André Spiga, que é membro da Comissão Nacional de Segurança Bancária (CNSB). O sindicalista destacou que a retomada do debate sobre o assunto “é muito importante, pois trata da proteção da vida das pessoas, no caso, funcionários, vigilantes, clientes e usuários.
Grupo de Trabalho
A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) defende a criação de um Grupo de Trabalho, bipartite, com a participação de representantes dos trabalhadores e dos bancos, para tratar deste tema específico.
Os sindicatos criticam a absoluta falta de segurança, portas giratórias e vigilantes nas chamadas unidades de negócios.
No encontro foi sugerido também a criação de um seminário, aberto ao público e às categorias envolvidas, para debater soluções para o problema.
Golpes digitais
Os membros do coletivo discutiram ainda a atualização da pauta de reivindicações, que precisa incluir um tema que preocupa toda a sociedade: os golpes digitais.
“É importante tratar destes crimes digitais até porque os bancos estão empurrando a população para os canais digitais, tentando passar a responsabilidade pela segurança das operações financeiras para os clientes”, acrescentou Spiga. A categoria pretende ainda marcar uma audiência com o ministro da Justiça, Flávio Dino, para debater o assunto e reivindicar a retomada da CCASP.
As agressões e crimes da chamada “saindinha bancária”, quando clientes e usuários são assaltados após sacarem o dinheiro no autoatendimento também preocupam os sindicatos.