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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Os brasileiros comemoram a decisão do governo Lula que anunciou no dia 16 de maio uma nova política de preços dos combustíveis da Petrobras, com o fim da PPI (Paridade de Preço de Importação). Foram sete anos (desde 2016, no governo Temer e mais quatro anos, no governo Bolsonaro) com o preço dos combustíveis e do gás cozinha no Brasil atrelados ao dólar e ao mercado internacional do petróleo, definido em Roterdã, na Holanda.
Com a decisão, a gasolina teve uma redução de 12,6% (redução de R$0,40 por litro) e o diesel 12,8% (menos R$0,44 por litro). O gás de cozinha teve a maior redução: 21,3%, que representa queda de R$8,97 por botijão de 13kg.
Os preços anunciados referem-se aos cobrados pela Petrobras no combustível puro, antes, portanto, da mistura com álcool e biodiesel, respectivamente.
O consumidor já começa a sentir no bolso a redução dos preços. Na prática, encher o tanque vai ficar cerca de R$ 20 mais barato no Rio e em São Paulo.
No entanto, na Bahia e no Amazonas o preço do petróleo continuará tendo como referência o mercado internacional, onde as refinarias privatizadas pelo governo Jair Bolsonaro (PL) e a população vai pagar mais caro pela decisão das empresas privatizadas.
Falácia neoliberal
Após a repercussão negativa junto à opinião pública, a Refinaria privatizada da Amazônia (Ream), que vende a gasolina mais cara do Brasil, anunciou também uma redução, mas bem mais tímida do que a feita pela estatal Petrobras: 3.35% na gasolina (R$ 2,80), de 3,91% (R$ 3,10) e 4,08 % (R$ 2,96) no diesel e 18,32% no Gás Liquefeito de Petróleo.
“Mais uma vez, os fatos derrubam a falácia neoliberal de que privatizar tornam serviços e produtos mais baratos. Não é à toa que, na Europa, mais de 800 empresas que foram privatizas nos anos 80 e 90 foram reestatizadas. Entregar a iniciativa privada setores estratégicos como energia e combustíveis ficam mais caros para o consumidor e quase sempre os serviços prestados são ruins, que o digam a Supervia e a as barcas no Rio de Janeiro”, disse a vice-presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio, Kátia Branco.