Terça, 16 Mai 2023 14:32
NOVOS TEMPOS

Lula cumpre promessa e reduz 21,3% no gás de cozinha, 12,6% na gasolina e 12,8% no diesel

Presidente da estatal Jean Paul Prates anuncia fim da paridade de importação do petróleo e uma nova política de preços
O BRASIL GANHA - Lula e o presidente da Petrobras Jean Paul Prates: reduzir o combustível e o gás de cozinha ajuda a conter a inflação e a alta do preço dos alimentos O BRASIL GANHA - Lula e o presidente da Petrobras Jean Paul Prates: reduzir o combustível e o gás de cozinha ajuda a conter a inflação e a alta do preço dos alimentos Foto: Ricardo Stuckert

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O governo Lula cumpriu nesta terça-feira, 16 de maio, uma promessa de campanha que coloca fim a um pesadelo vivido pelos brasileiros desde que o então presidente Michel Temer (MDB) anunciou uma nova política de preços dos combustíveis da Petrobras, a PPI (Paridade de Preço de Importação). Foram sete anos (desde 2016, no governo Temer e mais quatro anos, no governo Bolsonaro) com o preço dos combustíveis e do gás cozinha no Brasil atrelados ao dólar e ao mercado internacional do petróleo, definido em Roterdã, na Holanda.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates anunciou uma nova política da estatal para garantir preços mais baratos, na gasolina, diesel e no gás de cozinha para a população. A gasolina terá a partir desta quarta-feira (17), uma redução de 12,6% (redução de R$0,40 por litro) e o diesel 12,8% (menos R$0,44 por litro). O gás de cozinha teve a maior redução: 21,3%, que representa queda de R$8,97 por botijão de 13kg, o que deverá tornar o seu preço abaixo dos R$100.   

Melhor para o povo

O executivo da estatal garante que a mudança não representa uma interferência de cima para baixo na empresa, nem vai desprezar as tendências do mercado internacional e continuará garantindo a sustentabilidade e a lucratividade da empresa, continuando a atrair os investidores e grandes acionistas. A resposta veio do mercado, com alta das ações da Petrobras na Bolsa de Valores. 

“Esta é uma medida fundamental para frear os aumentos dos combustíveis e do gás de cozinha e que governos anteriores não tiveram coragem de tomar para não contrariar interesses de grandes investidores e especuladores que ganham com ações e dividendos da Petrobras. Não é justo que o povo continuasse a pagar em dólar, ganhando salários em nossa moeda, o real, para enriquecer ainda mais meia dúzia de bilionários”, avaliou o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro José Ferreira.

“A redução do diesel, inclusive atende não apenas a uma antiga reivindicação da categoria dos caminhoneiros como ajudará a conter a inflação e a alta de alimentos, pois a maior parte do transporte dos produtos é rodoviário”, acrescentou.

Entenda o preço final

O consumidor precisa entender que o valor praticado na revenda, como nos postos de gasolina, no entanto, não é controlado diretamente pelo governo.

Os preços anunciados referem-se aos cobrados pela Petrobras no combustível puro, antes, portanto, da mistura com álcool e biodiesel, respectivamente.

"Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda", diz a Petrobras no anúncio.

Só falta baixar os juros

Com a nova política da Petrobras que vai tornar os preços mais em conta para o consumidor, como consequência, a medida deverá impactar na redução da inflação.  

“Agora, com essa medida, que deverá contribuir para frear a alta da inflação, não é possível que o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, não baixe os juros do país. Se mesmo assim Campos Neto insistir em sua política de juros altos ele tem que pedir as contas e ir embora para deixar o Brasil retomar o desenvolvimento econômico”, criticou Ferreira.

 

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