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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A inflação desacelerou no mês de abril, segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (12). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial ficou em 0,61%. O índice representa uma queda de 0,10% em relação ao mês de março com 0,71%.
Ao longo dos primeiros quatro meses de 2023, o acumulado da inflação é de 2,72%. Já nos últimos 12 meses, ainda acumula alta de 4,18%. Na comparação de abril deste ano com o mesmo mês em 2022, período em que o Brasil estava sob a administração do governo Bolsonaro, a inflação caiu quase pela metade. No ano passado estava em 1,06%.
O que puxou para baixo
Os itens que menos subiram foram transportes (0,56%), auxiliado pela queda dos preços dos combustíveis, de - 0,44%. O etanol teve alta (0,92%), enquanto caíram o custo do diesel (-2,25%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,52%).
Remédio é o vilão
A inflação só não teve queda maior porque alguns “vilões” dos setores da economia tiveram maior alta: o grupo saúde e cuidados pessoais acumulou 1,49% em abril e teve impacto de 0,19 ponto percentual no total do INPC. O índice foi puxado pelos preços dos remédios. Em 31 de março o governo autorizou reajuste de 5,60% nos preços dos medicamentos, que se refletiu na alta deste mês. Os planos de saúde também subiram 1,20% no mês passado.
“O atual governo ainda tem muito trabalho pela frente na reconstrução do Brasil, mas é notório o esforço de toda equipe do presidente Lula em conter a inflação e tentar reduzir os preços dos produtos, especialmente da alimentação. A carne, por exemplo, teve redução de 0,45% em seus preços e o óleo de soja também caiu. Com o anúncio de uma nova política de preços dos combustíveis pela Petrobras acredito que a gasolina, o diesel e o gás de cozinha irão baixar ainda mais a médio prazo o que deverá fazer com que a inflação continue caindo”, avaliou a vice-presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio Kátia Branco.
Pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que verifica a variação de preços para quem tem renda menor, de um a cinco salários mínimos (R$ 1.320 a R$ 6.600), a queda da inflação em abril foi mais acentuada, ficando em 0,53% ante 0,64% em março. No acumulado do ano os preços para essa faixa de renda subiram também menos, 2,42%.
“Agora só falta o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, entender que estamos vivendo uma nova conjuntura e um governo que se preocupa com a classe trabalhadora e ele baixar os juros para contribuir com o fim dessa crise e com a retomada do desenvolvimento econômico”, destacou Kátia.