Sexta, 12 Mai 2023 12:50
NOVOS TEMPOS

Governo Lula vai mudar política da Petrobras para baixar preços do combustível

Presidente da estatal diz que preços serão menores com fim da Paridade Internacional criada por Temer, mas sem desgarrar do mercado externo
Os consumidores e todo o povo brasileiro serão beneficiados pela redução dos combustíveis e gás de cozinha com a mudança da política da Petrobras proposta pelo governo Lula Os consumidores e todo o povo brasileiro serão beneficiados pela redução dos combustíveis e gás de cozinha com a mudança da política da Petrobras proposta pelo governo Lula Marcelo Camargo/Agência Brasil

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Conforme promessa de campanha, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer substituir a política da Paridade Internacional criada pelo então presidente Michel Temer (MDB). O objetivo da atual gestão é garantir preços mais baixos dos combustíveis para o mercado interno. O anúncio foi feito pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em entrevista ao jornal O Globo, publicada na sexta-feira (12).

Privatização não é solução

O executivo rebateu as afirmações de defensores da privatização da estatal que afirmam ser a venda da empresa, a saída para redução dos preços nas bombas dos postos de gasolina.

“A Petrobras vai ser sempre a melhor opção de preço”, destacou na entrevista.

Paul criticou os governos Temer e Bolsonaro que, segundo ele, “como não conseguiram vender a Petrobras, fatiaram a empresa, vendendo as refinarias”, com o falso discurso “de que ser do Estado é ruim”, declarou, criticando a venda da BR e de gasodutos.

Críticas ao PPI

Na entrevista, Jean Paul defendeu o fim da Política de Preço de Paridade Internacional (PPI), que torna o preço da gasolina e do etanol suscetível ao câmbio, com a variação do dólar e o preço internacional dos barris de petróleo, o que fez a alta nas bombas explodirem no Brasil nos últimos anos, influenciando na elevação da inflação e, por conseguinte, no alto custo dos produtos nos supermercados.    

Consumidor beneficiado

A ideia é praticar preços menores, sem perder de vista o mercado externo, os ganhos da empresa e os dividendos dos acionistas. 

“Um país autossuficiente em petróleo e praticamente também em refino não pode estar na mesma situação que o Japão, que não produz uma gota de petróleo”, comparou, criticando o atual modelo de preços dependente do mercado internacional definido em Roterdã, na Holanda.  

Até de nome, a nova política vai mudar e, o mais importante, o maior beneficiado será o povo brasileiro.

“O consumidor vai ter preço inexoravelmente mais baixo que o praticado pela atual PPI”, garantiu o presidente da Petrobras, que vai levar a discussão para os acionistas e o Conselho da Petrobras. A redução dos combustíveis ajudará, inclusive, a conter a alta da inflação, repercutindo nos preços dos alimentos.

 

Mídia