Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Em seu primeiro pronunciamento em cadeia nacional, no último dia 30 de abril (domingo), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em comemoração ao Dia do Trabalhador, confirmou o novo reajuste do salário mínimo acima da inflação, que passou de R$ 1.302 para R$ 1.320. Outra medida visando a recuperação do poder de compra das famílias foi o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 2.640. Estas decisões, confirmadas pelo presidente da República no ato do 1º de Maio, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, visam injetar dinheiro na economia como parte do projeto para a retomada do desenvolvimento econômico.

"É um aumento pequeno, mas real, acima da inflação, pela primeira vez em seis anos”, disse Lula. O aumento passa a valer para trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas.

"Até o fim do meu mandato, o salário mínimo voltará a ser um grande instrumento de transformação social", ressaltou Lula. A ideia do governo é aprovar uma lei que garanta aumento real permanente para o mínimo.

Recuperação da economia

O vice-presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) Vinícius de Assumpção, destaca a importância do retorno do aumento real que passará a se estender também, a partir deste ano, para a categoria bancária e demais trabalhadores.

“A valorização do poder de compra da classe trabalhadora influencia diretamente o crescimento econômico do país.  Nossa economia está pautada principalmente no setor de serviços, que depende basicamente do consumo que está diretamente relacionado à elevação da renda das famílias. Essa política, juntamente com a necessária baixa dos juros é o que voltará a fazer a roda da economia do Brasil girar”, acrescentou.  

Outro anúncio de Lula que trouxe motivação para bancários e bancárias foi a proposta do governo, atendendo a uma reinvindicação dos sindicatos, de garantir isenção do Imposto de Renda na PLR (Participação nos Lucros e Resultados), uma antiga reivindicação da categoria.

“Todos os anos a categoria reclama, com razão, do imposto de renda sobre a PLR, já que banqueiros e investidores ganham uma fortuna de lucros e dividendos e não pagam um centavo de imposto. Vamos mobilizar os bancários e bancárias para esta proposição virar realidade”, completou Vinícius.