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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Sindicato dos Bancários do Rio sediou na sexta-feira, 28 de abril, no auditório da entidade, uma Plenária Intersindical para debater a situação do adoecimento dos trabalhadores, a não emissão da CAT (Comunicação de Acidentes do Trabalho) e as reclamações de empregados quanto ao desprezo muitas vezes dado pelos peritos do INSS, não reconhecendo a doença ocupacional. O evento marcou o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.
Iniciativas e proposições
No final de encontro, Jô Araújo, diretora do Sindicato dos Bancários do Rio, anunciou que o movimento sindical irá fazer uma denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre o adoecimento do trabalhador e as dificuldades para o reconhecimento das doenças ocupacionais nas perícias do INSS. Será realizada também uma consulta nas diversas categorias para saber a situação nas questões levantadas no evento, como emissão de CAT, tratamento dado pelos peritos e tipo de doença. Está programado também um seminário ou conferência, bem como encontros com parlamentares e o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT).
Pela manhã, teve a campanha nacional no Twitter, com a hashtag #MenosMetasMaisSaúde.
Exploração do trabalho
Kátia Branco, vice-presidenta do Sindicato dos Bancários, lembrou que o trabalhador, cada vez mais, está doente em função da exploração do trabalho no Brasil.
"Hoje temos mais bancários e bancárias adoecidos por doença psicológica do que em função das Ler/Dorts, e muitas vezes o funcionário trabalha acometido de doença do trabalho, mas por medo de ser demitido, não comunica o problema para a chefia e a empresa”, disse.
Modelo de gestão
Adriana Nalesso, presidente da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores no Ramo Finaceiro) culpou o “modelo de gestão” de bancos e empresas pelo crescimento de adoecimento ocupacional no Brasil.
“Somente em 2022 nós tivemos mais de 612 mil casos e 2.500 mortes registradas de acidentes de trabalho e nós sabemos que, na realidade, este número é muito maior, pois há muitos casos subnotificados”, revelou.
Adriana citou como uma das causas da atual situação, a precarização nas condições de trabalho gerada pelas reformas Trabalhista e da Previdência.
Mais informações da atividade, em nosso site: www.bancariosrio.org.br.