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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Publicado: 26 Abril, 2023 - 17h05 | Última modificação: 26 Abril, 2023 - 17h10
Escrito por: Redação CUT
O juiz Wellington Lopes da Silva, da 1ª Vara Federal de Linhares (ES), decretou a suspensão temporária das atividades do aplicativo de envio de mensagens Telegram em todo o país, nesta quarta-feira (26). A determinação foi pelo fato do aplicativo não ter entregue à Polícia Federal todos os dados sobre grupos neonazistas da plataforma pedidos pela corporação.
A suspensão das atividades do Telegram e a aplicação da multa vão durar até que a empresa entregue às autoridades responsáveis pela investigação os dados de todos os integrantes dos grupos sob investigação, traz a Carta Capital.
A ordem da Justiça foi dada porque o Telegram não enviou à Polícia Federal os contatos, números de telefones e dados dos integrantes e administradores de um grupo com conteúdo neonazista. A plataforma, chegou a entregar parte dos dados pedidos pela PF na sexta-feira (21), após a pedir uma intervenção do judiciário.
Caso o Telegram não cumpra a determinação da Justiça de apresentar os dados dos grupos neonazistas, seus contatos e dados dos integrantes e administradores, a plataforma terá de pagar uma multa de R$ R$ 1 milhão por dia, ou 5% do faturamento do grupo econômico no Brasil no ano passado, o que for menor. Antes o valor da multa estipulado era de R$ 100 mil, mas como o aplicativo desobedeceu a ordem da Justiça, o valor subiu.
Segundo a Diretoria de Inteligência da PF, as empresas de telefonia Vivo, Claro, Tim e Oi e o Google a Apple, responsável pelas lojas de aplicativos Playstore e App Store vão receber o ofício sobre a suspensão do Telegram ainda na tarde desta quarta-feira (26), publicou o G1.
Investigação apontou grupos neonazistas
O cerco a esses grupos de extrema direita teve início após os quatro assassinatos em duas escolas de Aracruz (ES), em novembro do ano passado.
O ataque foi feito por um jovem de 16 anos que interagia com grupos no Telegram, que publicavam conteúdos antissemitas, com tutoriais de assassinato, de fabricação de artefatos explosivos, vídeos de mortes violentas, de promoção de ódio a minorias e ideais neonazistas.
Operações policiais para deter integrantes de grupos neonazistas foram feitas no Maranhão, São Paulo, Goiás e Maranhão.