Segunda, 17 Abril 2023 18:14
ITAÚ

Bancários precisam atualizar dados no RH e INSS para destravar agendamento de perícias

Reunião da COE com o Itaú debateu diversidade, condições de trabalho e saúde Reunião da COE com o Itaú debateu diversidade, condições de trabalho e saúde

Os funcionários do Itaú precisam atualizar seus dados no RH do banco e no INSS para destravar o agendamento da perícia nos casos de licenciamento para tratar da saúde. A informação foi dada pela direção banco na última reunião com a COE (Comissão de Organização dos Empregados), realizada na quinta-feira passada, dia 13 de abril, quando um dos temas foi condições de trabalho e saúde. O Itaú informou ainda que está se comunicando com os bancários por e-mail e SMS e disponibilizando canais para a solução desse problema. As partes acertaram que vão buscar uma solução em conjunto para o tema, no encontro que marcou a retomada do GT (Grupo de Trabalho) de Saúde.

Diversidade

Na negociação foi tratado ainda a pauta sobre diversidade. O banco fez a apresentação de seu programa corporativo de diversidade e inclusão, em especial voltado para questões relacionadas a gênero, raça, pessoas com deficiência (PCD) e população LGBTQIA+. Anunciou ainda que investe em combate à violência de gênero, com prevenção, apoio e acolhimento das vítimas e que busca garantir segurança psicológica para a autodeclaração de pessoas LGBTQIA+.

Avaliação

Maria Izabel Menezes, dirigente da COE e do Sindicato do Rio de Janeiro, logo após a apresentação, avaliou que para o programa dar certo, é fundamental garantir o engajamento educativo dos funcionários, sobretudo dos gestores.
“É um programa pioneiro e ousado nesta área, mas cobramos do banco que oriente os gestores a cumpri-lo, respeitando a diversidade. Não adianta ter um programa bonito, mas que, na prática, os gestores não o sigam nas agências, e, que, ao contrário, o bancário tenha um tratamento discriminatório”, ponderou.
Adilson Barros, da executiva da Contraf-CUT, avaliou o programa na questão de igualdade de oportunidades, melhor do que muitas empresas, no entanto, argumentou que com relação à população LGBTQIA+, o respeito à identidade visual deve receber muita atenção, desde o momento do processo seletivo do candidato.
“Muitas vezes, a identidade visual é fator de isolamento no ambiente de trabalho, seja entre os colegas ou mesmo de repulsa de cliente em ser atendido por um homem gay muito feminino ou uma mulher lésbica muito masculina. Isso precisa acabar, todos têm o direito de manifestar quem são, e a empresa tem que se comprometer com isso”, destacou Adilson.

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