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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da Contraf-CUT
A Secretaria da Mulher da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) realizou na última quarta-feira (22) um seminário sobre o combate à violência contra a mulher. No encontro foi exaltado pelas participantes, os canais do Programa Basta, criados para proteger bancárias contra violência doméstica e familiar. Já são 12 sindicatos, inclusive o do Rio de Janeiro, que participam do projeto, atendendo 353 municípios. A iniciativa do “Basta” Não irão nos calar!’ foi criada pelo movimento sindical bancário em 2019 e a secretária da Mulher da entidade, Fernanda Lopes, apresentou um balanço do programa que atende às bancárias.
Atendimento às vítimas
Já foram atendidas 360 pessoas, sendo 358 mulheres e dois homens. Foram geradas 256 ações judiciais e, do total, 164 pedidos de medida protetiva de urgência obtidos com a assessoria dos sindicatos em apoio às vítimas.
“Para que a igualdade entre homens e mulheres seja alcançada, de fato, é preciso erradicar os ciclos de violência pelos quais as mulheres são submetidas. É por isso que o nosso programa foi criado”, explicou a coordenadora da iniciativa e assessora jurídica da Contraf-CUT, Phamela Godoy.
“Nosso atendimento é na área criminal através de ações e medidas protetivas, além de negociações acerca de transferência quando necessário.”, destacou a diretora do Departamento Jurídico do Sindicato do Rio, Adriana Nalesso, que é também presidenta da Federa/RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Rio de Janeiro).
Prejuízo humano e econômico
Uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Ceará (UUFC) revela que a violência doméstica causa um prejuízo de R$1 bilhão anual ao país, porque trabalhadoras vítimas desse mal tendem a faltar, em média, 18 dias de trabalho por ano.
O estudo mostra ainda que mulheres vítimas de violência doméstica tendem a apresentar mais problemas de falta de concentração e estresse.
“A nossa categoria é a única do país que tem um programa de proteção às vítimas criado pelos sindicatos e medidas protetivas previstas na Convenção Coletiva, como a possibilidade de mudança do local de trabalho e até de cidade. Mas é preciso avançar ainda mais nesta questão e em todas as demandas sobre a igualdade entre bancárias e bancários”, disse a vice-presidenta do Sindicato do Rio, Kátia Branco.