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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Publicado: 24 Março, 2023 - 09h04
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
Após impasse nas negociações e com o vai e vem do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), que não quer pagar os direitos dos trabalhadores, a greve dos metroviários entra no segundo dia, com as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha funcionando parcialmente nesta sexta-feira (24).
Na quinta-feira o governador voltou atrás na decisão de liberar as catracas, como o Sindicato dos Metroviários propôs como forma de manter o protesto e não prejudicar a população, e o Metrô foi punido com multa por pratica antissindical.
Os metroviários realizam, agora de manhã, mais uma assembleia para avaliar uma nova proposta apresentada durante a madrugada pelo governo.
A luta da categoria é pela contratação de mais trabalhadores por meio de concurso público para todas as áreas do Metrô que estão com falta de mão de obra; e pelo pagamento de um abono referente a três anos de Participação nos Resultados (PRs), de 2020, 2021 e 2022, que não foram pagas pelo Metrô. O Sindicato sugeriu que o abono seja no valor de R$ 7,5 mil.
A proposta apresentada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) sugere o pagamento do valor de abono de R$ 2.500 por trabalhador, por ano, de 2020 a 2022, o cancelamento de punições, a garantia de não retaliação aos grevistas e a ausência de descontos dos dias parados.
Prática antissindical
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) multou o Metrô de São Paulo em R$ 100 mil e permitiu que cidadãos utilizem o metrô de graça durante a greve.
A juíza Elaine Aparecida da Silva Pedroso atribuiu a multa por "prática antissindical" ao entender que o Metrô anunciou a liberação das catracas, mas logo se opôs e entrou com uma liminar contra a passagem gratuita.
A magistrada entendeu que o Metrô se recusou a propor acordos para acabar com a greve. O TRT-2 também notou "boa-fé" dos metroviários ao disponibilizarem imagens deles mesmos prontos para voltar ao trabalho, caso alguma proposta avançasse
Propostas
Em assembleia encerrada às 21h40 de ontem, os metroviários condicionaram o retorno aos trabalhos a uma de duas condições: o Metrô aceitar a proposta do MPT ou a empresa permitir a operação dos trens sem a cobrança de passagens, a chamada catraca livre, enquanto durarem as negociações.
A contraproposta da Companhia do Metropolitano de São Paulo, além do pagamento em abril de abono salarial no valor de R$ 2 mil, prevê a instituição de Programa de Participação nos Resultados de 2023, a ser pago em 2024.
Ponto facultativo
O governador Tarcísio de Freitas decretou ponto facultativo nas repartições públicas estaduais da capital e região metropolitana nesta sexta.
O prefeito Ricardo Nunes também decretou ponto facultativo nas repartições públicas, com exceção de serviços essenciais como funerário, unidades de atendimento das secretarias de Saúde e Assistência Social, toda a rede municipal de ensino e a segurança urbana.