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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com a justificativa de que o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT) não havia comunicado ao ministério da Fazenda (Fernando Haddad) e da Casa Civil (Rui Costa), o governo federal decidiu não manter os índices decididos pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), presidido por Lupi, que determinou a queda do empréstimo consignado para aposentados do INSS de 2,14% para 1,70%. Em reunião dos três ministros envolvidos no imbróglio, na última segunda-feira (20), segundo a imprensa, ficou decidido que não prevalecerá nem os 1,7% decidido pelo CNPS mas também não os patamares que estavam sendo praticados pelos bancos antes da mudança feito pelo próprio governo. A preocupação do governo é garantir o retorno desta modalidade de crédito no sistema financeiro.
Críticas ao BC
O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Sérgio Nobre cobrou a redução da Selic (taxa básica de juros) que está em 13,75%, atacando a gestão do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
"O Campos Neto é um sabotador. Vencemos a eleição para mudar a economia", ressaltou, em ato contra os juros altos realizado em São Paulo na manhã desta terça-feira (21).
Pressão popular
A queda de braço entre banqueiros e o mercado especulativo de um lado e os trabalhadores e o setor produtivo de outro, continua. Nesta terça-feira (21) estão sendo realizados atos em todo o país, protestos exigindo juros mais baixos e o fim da chamada da “autonomia do Banco Central”, que tirou do governo o controle sobre a política de câmbio e juros. No Rio, haverá passeata da Candelária (Praça Pio X) à sede do BC, na Presidente Vargas, organizada pelas centrais sindicais com concentração a partir das 17h.
O prêmio Nobel de Economia de 2001, o economista americano Joseph Stiglitz, declarou na segunda (20), que os juros praticados no Brasil são “chocantes” e “inviabilizam qualquer economia”.