Segunda, 20 Março 2023 12:44

Pichadora da estátua da Justiça é presa na maior fase da Operação Lesa Pátria da PF

 

 
 

Débora Santos, que vandalizou a estátua da Justiça em frente ao STF e zombou de autoridades policiais, foi presa em Paulínia (SP)

 Publicado: 17 Março, 2023 - 17h27 | Última modificação: 17 Março, 2023 - 17h33

Escrito por: Redação RBA

 JOEDSON ALVES/AGÊNCIA BRASIL
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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (17), a oitava fase da Operação Lesa Pátria, contra terroristas que atacaram os prédios dos três poderes em Brasília, em 8 de janeiro. Trata-se da maior ofensiva da PF contra os criminosos desde o dia 20 daquele mês, quando foi iniciada a operação.

A PF cumpre 46 mandados de busca e apreensão e 32 mandados de prisão nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul e São Paulo, além do Distrito Federal.

O principal resultado de hoje foi a prisão, da mulher que foi filmada pichando a frase “perdeu, mané” na estátua que simboliza a Justiça e que marca a entrada principal do Supremo Tribunal Federal (STF). Débora Rodrigues dos Santos, que vandalizou a estátua e zombou de autoridades policiais, foi presa no início da manhã em Paulínia (SP).

A escultura foi feita pelo artista brasileiro Alfredo Ceschiatti, em 1961. A mulher pichou parte da frase do ministro do STF Luís Roberto Barroso, em resposta a um bolsonarista que o abordou, em Nova York, exigindo que a Corte negasse o resultado da eleição de Lula: “Perdeu, mané, não amola”.

O vândalo que se sentou na cadeira de Alexandre de Moraes e o ladrão que furtou da Câmara dos Deputados uma bola autografada pelo jogador Neymar também foram detidos hoje. O STF foi o principal alvo do ódio dos criminosos golpistas, em comparação ao Palácio do Planalto e ao Congresso Nacional, como já observou Moraes.

Muitos crimes

A PF investiga os seguintes crimes: abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

O ministro Flávio Dino, da Justiça, comentou a operação no Twitter. “A Polícia Federal segue cumprindo a sua missão constitucional, na condição de Polícia Judiciária da União. Os atos criminosos do dia 8 de janeiro seguem em investigação e mandados judiciais estão sendo cumpridos hoje, em 10 estados”, postou.

Entre as oito fases da Lesa Pátria, no dia 7 de fevereiro, na quinta, os agentes tiveram como alvos, principalmente, policiais militares do Distrito Federal (DF) que foram coniventes e omissos ante o ataque.

Na Papuda e na Colméia

Na quinta-feira (16), o ministro Alexandre de Moraes terminou a análise dos pedidos de liberdade dos presos pelo ataque orquestrado. Dos cerca de 1.400 presos, 294 (86 mulheres e 208 homens) tiveram o pedido de soltura negado e permanecem no sistema penitenciário do Distrito Federal, na Papuda (homens) e Colmeia (mulheres).

Os que conseguiram a liberdade provisória, porém, devem cumprir várias medidas cautelares: uso de tornozeleira eletrônica; obrigação de apresentação semanal à Justiça; proibição de sair do país; entrega do passaporte à Justiça; suspensão do porte de arma; proibição de usar as redes sociais; e proibição de comunicação com outros investigados.

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