Segunda, 13 Março 2023 19:00
BRADESCO

Bancários assumem gerência sem remuneração compatível

Somente no município do Rio, 16 gerentes estão sendo submetidos a esta mudança ilegal sem ganhar nada a mais pelo desvio de atividade
O Sindicato protestou na agência Cosme Velho contra o fechamento de  agências, demissões e exploração dos funcionários O Sindicato protestou na agência Cosme Velho contra o fechamento de agências, demissões e exploração dos funcionários

O Bradesco, além de fechar agências e demitir em massa, está sobrecarregando seus funcionários, com desvio de função sem que o bancário receba a remuneração compatível com a nova atividade. Somente na base do município do Rio de Janeiro são 16 gerentes que passaram a exercer a função de gerente geral, sem receber a diferença dos salários por exercerem a atividade de outro cargo.
“O Bradesco está violando a legislação trabalhista ao determinar aos seus gerentes PJ [pessoa jurídica] o desempenho de função para os quais não foram contratados e não são remunerados”, criticou o diretor do Sindicato Leuver Ludoff, representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados).
O Sindicato orienta aos bancários que estão sendo prejudicados a registrarem o período em que estão assumindo a gerência geral e entrarem em contato imediatamente com o Departamento Jurídico do Sindicato.

Demissões

Mesmo com lucros absurdos, o Bradesco continua fechando dezenas de agências físicas, demitindo em massa e piorando ainda mais o atendimento aos clientes e usuários, que estão sendo impedidos de se dirigir ao setor dos caixas físicos”. Leuver criticou o fechamento de agências e as demissões. “O banco extingue unidades físicas, oferece cada vez menos agências, demitindo bancários e sobrecarregando àqueles que continuam trabalhando.
Os diretores Sérgio Menezes e Arlensen Tadeu visitaram a agência pilares (0958), que segundo denúncias, será uma das 11 que serão extintas pelo banco até o dia 24 de março. Na unidade, o Regional já teria demitido uma Gerente Geral e um Gerente Exclusive. “Segundo denúncias, funcionários portadores de Doenças Ocupacionais, cujo nexo causal é proveniente do assédio moral no local de trabalho e da pressão por metas abusivas; estão sofrendo discriminação na hora das transferências e são tratados por gestores e colocados no ostracismo e isolamento para forçar um pedido de demissão”, disse o diretor Sérgio Menezes.
Os sindicalistas fizeram o cadastramento dos bancários que ainda restaram na agência com a promessa de que serão transferidos para outra unidade, a do bairro da Abolição. Outro problema é que regras de transferências implementadas pelo Bradesco não contemplam os Portadores de Doenças Ocupacionais e com estabilidades Pré Aposentadoria.

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