O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, ambos negros, no dia 14 de março de 2018 continuam sem resposta: quem mandou matar a parlamentar e seu assessor e porque motivos? Nesta terça-feira (14), quando completa cinco anos sem resposta, haverá uma série de atividades, na Praça Mauá, no Rio (confira ao lado).
A forma brutal como ela foi morta, quando tinha 38 anos, e no dia em que iria a um evento na Lapa sobre mulheres negras, a ausência de imagens de câmeras que teriam sido desligadas e a demora no processo aumentam as suspeitas de racismo e de que o crime tem a participação de políticos graúdos ligados às milícias do Rio de Janeiro. O caso segue sendo investigado pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Polícia Civil e o Ministério Público (MP-RJ). Dois ex-policiais milicianos são apontados como executores do assassinato: Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz e seguem preso. Causa estranheza também constantes mudanças nos responsáveis pelas investigações.
“Completa cinco anos sem a identificação e prisão dos mandantes do crime. Sua atuação forte e crescimento político em defesa das mulheres, negros e LGBTQIA+ em áreas dominadas pelas milícias incomodou os criminosos. Exigimos do governo estadual e autoridades uma resposta”, destacou a vice-presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio, Kátia Branco.