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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O presidente Luíz Inácio Lula da Silva fez duras críticas aos juros altos praticados pela gestão do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. No governo anterior, o então ministro da Economia, Paulo Guedes, criou a chamada “autonomia” do BC, tirando da responsabilidade do Palácio do Planalto o controle da política de juros do país.
Visando sensibilizar a sociedade na luta contra as mais altas taxas de juros do mundo praticadas no Brasil, será realizado na próxima segunda-feira, 13 de março, um debate com vários parlamentares sobre o tema, denominado “Juntos com Lula por #JurosBaixosJá”. O evento presencial acontece a partir das 18h, no Clube de Engenharia (Av. Rio Branco, 124, 25º andar, Centro do Rio). Participam como palestrantes oos deputados federais Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Guilherme Boulos (PSOL-SP), Gleise Hoffmann (PT-PR) e Lindbergh Farais (PT-RJ) e também o deputado estadual do Rio de Janeiro, Tarcísio Motta (PSOL).
Maiores juros do mundo
A taxa básica de juros (Selic) no Brasil é hoje de 13,75%, o que foi alvo de críticas à política praticada pela direção “autônoma” do BC, até por alguns economistas mais liberais. O país tem os maiores juros reais do mundo (taxa de juros corrente descontada a inflação): 7,4%, superando México (5,5%), Chile (4,7%), Colômbia (3%) e Hong Kong (2,4%).
“Esta situação criada pelo modelo econômico em nosso país, sem precedentes no mundo, agrava a crise e não consegue reduzir a inflação e a alta dos preços, especialmente dos alimentos, aprofundando a crise e a miséria e resultando no maior endividamento da história. São 62 milhões de pessoas que não conseguem pagar as dívidas no cartão de crédito e estão negativadas no SPC e 30% das empresas, principalmente micros, pequenas e médias, também estão penduradas por causa do endividamento gerado pelos juros. Mas há quem ganhe com os juros altos. Bancos e especuladores faturam cada vez mais na ciranda financeira com esta situação”, explica o vice-presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Vinícius de Assumpção que criticou a chamada “autonomia do BC”, já que a instituição é dirigida por banqueiros ou executivos comprometidos com os interesses do sistema financeiro.