Quarta, 08 Março 2023 17:50

Mulheres vão às ruas por igualdade e democracia e pelo fim da violência

Manifestação e passeata no Centro do Rio têm participação de trabalhadoras, estudantes, lideranças do movimento sindical e social e mães com crianças de colo
TODOS CONTRA A DISCRIMINAÇÃO - A passeata das mulheres, da Candelária à Cinelândia contou com a participação de milhares de pessoas e militantes do movimento sindical e social TODOS CONTRA A DISCRIMINAÇÃO - A passeata das mulheres, da Candelária à Cinelândia contou com a participação de milhares de pessoas e militantes do movimento sindical e social Foto: Nando Neves

Mães trabalhadoras, com crianças de colo, no ato do Dia Internacional da Mulher, no Centro do Rio, representam a imagem de quem enfrenta dupla ou tripla jornada, sofre toda a forma de discriminação, mas não foge a luta e vai às ruas protestar contra a violência doméstica, a desigualdade de gênero e em defesa da liberdade e da democracia. Estudantes, dirigentes sindicais e lideranças de movimentos feministas e sociais também participaram da passeata da Candelária à Cinelândia, nesta quarta-feira, dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. As mulheres do Sindicato dos Bancários do Rio também estiveram presentes no ato e tiveram papel preponderante na organização do evento, segundo a secretária de Mulheres da CUT-Rio (Central Única dos Trabalhadores), Marlene Miranda.

"Mais uma vez realizamos um ato unificado, com uma participação relevante das bancárias de nosso Sindicato do Rio e demais entidades sindicais. Estamos aqui contra a fome, a miséria, e a violência doméstica, e em defesa de salários decentes e de direitos iguais em relação aos homens e igualdade de oportunidades, de emprego e ascensão profissional", destacou.

Mulheres que se destacaram na luta feminista foram homenageadas durante o ato público. 

Neste ato homenageamos 15 companheiras, entre elas dirigentes sindicais, como Lígia Deslanes, que foi secretária-geral da CUT-Rio, Luíza Dantas, do SindiSaúde/RJ e Cristina Dorigo, uma das primeiras organizadoras da comissão das mulheres cutistas, entre outras mulheres aguerridas que nos deixaram, mas seus legados permanecem vivos", destacou a sindicalista. 

A diretora do Sindicato dos Bancários do Rio, Jô Araújo abordou a dupla discriminação sofrida pelas mulheres negras. 
"É muito importante que as mulheres se unam e protestem por nossos direitos, não apenas no 8 de março, mas todos os dias, porque a nossa luta é constante. É muito difícil nascer mulher no Brasil e muito mais ainda ser mulher preta. Sofremos violência o tempo todo pelo simples fato de sermos mulheres. E é importante que os homens que estejam dispostos a participar desta luta também se unam a nós contra a discriminação, a violência e uma sociedade estruturalmente machista", Acrescentou Jô. 

Engajamento de todos

O presidente do Sindicato José Ferreira disse que é obrigação de todos os homens se engajarem também na luta pela igualdade de gênero e contra toda a forma de discriminação. 

"Estamos aqui juntos com elas para dizer que a luta contra a discriminação e em defesa da igualdade de oportunidades tem que ser de toda a sociedade. Hoje tivemos um avanço importante que é o Projeto de Lei do governo Lula que combate a desigualdade remuneratória entre homens e mulheres nas empresas, uma reivindicação da classe trabalhadora de décadas", ressaltou. A vice-presidenta, Kátia Branco disse que há um novo clima de esperança no Brasil com a consolidação e a vitória da democracia.

"Acreditamos que novas conquistas virão pois vivemos a retomada da democracia e de um governo que dialoga com toda a classe trabalhadora. Mas é pressionando nas ruas que a gente vai garantir nossos direitos e derrotar toda a forma de discriminação contra as mulheres, a população negra, os indígenas, os deficientes e os LGBTQIA+", ressaltou a sindicalista. 

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