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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assinou nesta quarta-feira, 8 de março, o projeto de lei que obriga as empresas a igualar o salário entre homens e mulheres, com o objetivo de pôr fim à uma histórica distorção salarial e discriminação de gênero no mercado de trabalho brasileiro. A proposta, que vai para votação no Congresso Nacional, exige mais transparência remuneratória nas empresas, além de ampliar a fiscalização e o combate à discriminação salarial, estipulando uma multa dez vezes maior do que o salário em questão. Com a medida, a Justiça do Trabalho poderá conceder decisões provisórias para igualar o salário entre trabalhadores e trabalhadoras que ocupam a mesma função ou atividade similar.
“Houve um tempo que o 8 de março era comemorado apenas com distribuição de flores para mulheres, enquanto os demais 364 dias eram marcados pela discriminação, machismo e violência”, declarou Lula durante a solenidade no Palácio de Planalto que anunciou o novo Projeto de Lei contra a discriminação remuneratória entre os gêneros no país e um pacote com diversas medidas pelos direitos das mulheres, inclusive relacionadas à proteção contra a violência doméstica. Lula criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que o Brasil vivenciou “retrocessos” depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que também estava presente ao ato, assim como a ministra do Planejamento Simone Tebet (MDB).
“Estamos realizando o que faltou do governo anterior, que optou pela destruição de políticas públicas, cortou recursos orçamentários essenciais e chegou a estimular de forma velada a violência contra mulher. Tenho a satisfação de dizer a vocês que finalmente o Brasil voltou para combater a discriminação, o assédio, o estupro, o feminicídio e todas as formas de violência contra a mulher”, disse Lula.
O pacote do governo inclui transformar o dia 14 de março no Dia Nacional Marielle Franco, data com foco no combate à violência política com componente de gênero e raça que recebe o nome da vereadora do PSOL, assassinada no dia 14 de março de 2018. A parlamentar do Rio de Janeiro era irmã da atual ministra da Igualdade Racial, Arielle Franco.
As mulheres do governo
Além de Dilma e Tebet, participaram da solenidade também, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, que cantou o hino nacional na abertura do encontro, Ana Moser (ministra do Esporte), Marina Silva (Meio Ambiente). Nísia Trindade (Saúde) e as presidentas do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros e da Caixa Econômica Federal Rita Serrano, entre outras autoridades do governo e parlamentares.
A primeira-dama, Rosangela da Silva, a Janja, que recebeu homenagem no Congresso Nacional, além do vice-presidente do país Geraldo Alckmin (PSB) e sua esposa, Lu Alckmin também estiveram no ato.
Principais medidas em defesa da mulher