Usuários das barcas desaprovam proposta de redução no número de viagens feita pela CCR BarcasPedro Ivo / Agência O Dia
Rio - A Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) vai cobrar a retomada dos horários praticados pelas barcas antes da pandemia. O anúncio foi feito durante audiência pública realizada, nesta terça-feira (7), para debater a situação do serviço de transporte aquaviário.
"Vamos cobrar da CCR Barcas o cumprimento do contrato e a melhoria dos serviços para a população. E a principal reivindicação é a mudança dos horários. Não é mais possível essa empresa ficar dizendo que não vai mais atender à população", disse o presidente da comissão, o deputado Dionísio Lins (PP).
Os parlamentares ouviram usuários das barcas, que reclamaram do serviço prestado. De acordo com a representante do Conselho Comunitário de Segurança da Ilha do Governador, Patrícia Salvador, os usuários solicitaram o retorno dos horários da linha de Cocotá anteriores à pandemia.
Os parlamentares ouviram usuários das barcas, que reclamaram do serviço prestado. De acordo com a representante do Conselho Comunitário de Segurança da Ilha do Governador, Patrícia Salvador, os usuários solicitaram o retorno dos horários da linha de Cocotá anteriores à pandemia.
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"Tivemos um grande aumento no número de moradores da Ilha do Governador e na contramão aconteceu a redução dos horários das barcas para a região. Os horários que temos hoje não atendem aos moradores. A concessionária desestimula a população a usar o transporte aquaviário também por conta dos horários e constantes atrasos, além de não termos integração com ônibus", afirmou Patrícia.
Para o representante da Associação de Moradores de Paquetá, José Augusto Pires, os usuários não aprovam o acordo fechado entre o governo e a concessionária CCR Barcas. "Nós, moradores de Paquetá, dependemos 100% das barcas. E queremos saber qual o prazo para o retorno dos horários anteriores à pandemia, inclusive nos fins de semana para garantia do turismo", ressaltou.
Segundo o representante dos passageiros de Niterói, Luciano Alvarenga, a redução de horários, o aumento da tarifa e a má prestação do serviço são responsáveis pela queda no número de usuários do sistema. "Em 2019 tínhamos 20 milhões de pessoas usando as barcas e em 2022 o número não alcançou 10 milhões. Isso é resultado dos péssimos serviços prestados", comentou.
O vice-presidente da Comissão de Transportes, deputado Rosenverg Reis (MDB), disse que apresentou um projeto de lei para isentar os moradores de Paquetá da tarifa das barcas. "Temos muito que debater ainda esse projeto. Mas o governo aportaria recursos para garantir a gratuidade. E com a melhora do serviço e a retomada do número de passageiros em outras linhas fica mais fácil garantir a gratuidade para Paquetá", disse o parlamentar.
A deputada Dani Balbi (PC do B) falou sobre os péssimos serviços prestados pela concessionária e a necessidade de revisão do modelo de concessão das barcas: "Temos nos últimos anos aumentos injustificados da tarifa dos transportes aquaviários ao mesmo tempo que há piora no serviço. Discordamos do pagamento pelo governo pelo alargamento da concessão que não vem atendendo a população".
A superintendente de transporte aquaviário da Secretaria de Transportes, Caroline Gonzaga, falou sobre a nova modelagem da concessão do serviço e da retomada dos horários para os ofertados antes da pandemia. "Temos uma cláusula que garante a volta dos horários anteriores à pandemia após o primeiro pagamento do acordo. Não sei dizer o prazo, mas estamos trabalhando nisso. A modelagem da nova concessão proposta pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) será entregue até o final de abril deste ano e teremos um novo operador do sistema até o fim do ano", ratificou.
Proposta de redução do número de viagens
A CCR Barcas fez uma proposta de redução do número de viagens por meio de ofício enviado ao Governo do Estado no dia 24 de fevereiro. O documento sugere o racionamento por falta de recursos da concessionária para manter a operação regular do serviço de transporte após o fim do contrato de concessão, ocorrido no dia 11 de fevereiro.
Segundo o parecer, até que haja uma definição da Justiça quanto à situação da concessão, a empresa alega não ter como arcar com a operação atual nos trechos Praça XV, no Centro do Rio, Praça Arariboia, em Niterói, e Divisão Sul.
O ofício fala que, com a redução, o transporte aquaviário será mantido até o dia 10 de março.
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Para o representante da Associação de Moradores de Paquetá, José Augusto Pires, os usuários não aprovam o acordo fechado entre o governo e a concessionária CCR Barcas. "Nós, moradores de Paquetá, dependemos 100% das barcas. E queremos saber qual o prazo para o retorno dos horários anteriores à pandemia, inclusive nos fins de semana para garantia do turismo", ressaltou.
Segundo o representante dos passageiros de Niterói, Luciano Alvarenga, a redução de horários, o aumento da tarifa e a má prestação do serviço são responsáveis pela queda no número de usuários do sistema. "Em 2019 tínhamos 20 milhões de pessoas usando as barcas e em 2022 o número não alcançou 10 milhões. Isso é resultado dos péssimos serviços prestados", comentou.
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O vice-presidente da Comissão de Transportes, deputado Rosenverg Reis (MDB), disse que apresentou um projeto de lei para isentar os moradores de Paquetá da tarifa das barcas. "Temos muito que debater ainda esse projeto. Mas o governo aportaria recursos para garantir a gratuidade. E com a melhora do serviço e a retomada do número de passageiros em outras linhas fica mais fácil garantir a gratuidade para Paquetá", disse o parlamentar.
A deputada Dani Balbi (PC do B) falou sobre os péssimos serviços prestados pela concessionária e a necessidade de revisão do modelo de concessão das barcas: "Temos nos últimos anos aumentos injustificados da tarifa dos transportes aquaviários ao mesmo tempo que há piora no serviço. Discordamos do pagamento pelo governo pelo alargamento da concessão que não vem atendendo a população".
A superintendente de transporte aquaviário da Secretaria de Transportes, Caroline Gonzaga, falou sobre a nova modelagem da concessão do serviço e da retomada dos horários para os ofertados antes da pandemia. "Temos uma cláusula que garante a volta dos horários anteriores à pandemia após o primeiro pagamento do acordo. Não sei dizer o prazo, mas estamos trabalhando nisso. A modelagem da nova concessão proposta pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) será entregue até o final de abril deste ano e teremos um novo operador do sistema até o fim do ano", ratificou.
Proposta de redução do número de viagens
A CCR Barcas fez uma proposta de redução do número de viagens por meio de ofício enviado ao Governo do Estado no dia 24 de fevereiro. O documento sugere o racionamento por falta de recursos da concessionária para manter a operação regular do serviço de transporte após o fim do contrato de concessão, ocorrido no dia 11 de fevereiro.
Segundo o parecer, até que haja uma definição da Justiça quanto à situação da concessão, a empresa alega não ter como arcar com a operação atual nos trechos Praça XV, no Centro do Rio, Praça Arariboia, em Niterói, e Divisão Sul.
O ofício fala que, com a redução, o transporte aquaviário será mantido até o dia 10 de março.