Segunda, 06 Março 2023 21:11

35 mulheres foram agredidas por minuto no Brasil em 2022

Jô Araújo criticou a violência contra a mulher e disse que o aumento no número de agressões foi fruto de uma  política que faz apologia da intolerância e do ódio Jô Araújo criticou a violência contra a mulher e disse que o aumento no número de agressões foi fruto de uma política que faz apologia da intolerância e do ódio

Quase 30% das mulheres, (na verdade pelo menos 28,9%), disseram ter sofrido algum tipo de violência ou agressão. O número estarrecedor, o maior da série histórica, foi constatado por pesquisa divulgada na quinta-feira (2) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Instituto Datafolha. Os números foram divulgados pelo site G1 na semana passada.
Em 2022, os indicadores de violência contra as mulheres subiram em relação a 2021 e mostraram ainda que 35 mulheres foram agredidas física ou verbalmente por minuto no Brasil no ano passado. Em relação à última pesquisa, realizada entre abril de 2020 e março de 2021, o crescimento foi de 4,5 pontos percentuais, o que revela um agravamento das violências sofridas por mulheres no Brasil
A pesquisa foi feita entre os dias 9 e 13 de janeiro de 2023, com 1.042 mulheres com 16 anos ou mais, em 126 municípios de pequeno, médio e grande porte.
“Vivemos tempos tenebrosos de intolerância, ódio e apologia da violência liderados por foças políticas reacionárias. Esperamos que, a partir deste ano, possamos resgatar a pauta da tolerância e do amor. É inaceitável que a mulher continue sendo vítima de uma sociedade machista, em muitos casos com crimes de feminicídio”, destacou a diretora do Sindicato dos Bancários do Rio, Jô Araújo.

As causas da violência

Especialistas destacam três fatores principais para o aumento da violência contra a mulher: o fim de financiamentos das políticas de enfrentamento à violência contra a mulher por parte do governo anterior, nos últimos quatro anos; a Pandemia de Covid-19 comprometeu o funcionamento de serviços de acolhimento às mulheres e a ação política de movimentos ultraconservadores que escolheram o combate à igualdade de gênero, dentre outras pautas sociais, a serem combatidas.

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