Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Quem não se lembra, durante a visita do então candidato a presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no ano passado, à comunidade do Complexo do Alemão quando o “bombardeio” das redes de fake news bolsonaristas espalharam que o boné usado por Lula com a sigla “CPX” era uma alusão à uma facção do tráfico de drogas? O próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a dizer que “Lula tinha ido à favela para “se encontrar com traficantes”. A mentira foi desmascarada a tempo: a sigla é uma alusão ao Complexo do Alemão”.

A vitória da Imperatriz Leopoldinense no desfile das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro teve dupla comemoração pela comunidade: o título que não acontecia há 22 anos e a resposta da comunidade de que o complexo de favelas não é lugar de bandido, apesar da presença de traficantes, mas de uma maioria esmagadora de trabalhadores.

A escola venceu este ano com um desfile impecável e um bonito enredo sobre Lampião, o rei do cangaço, retratando a vida e a morte de Virgulino Ferreira da Silva, através  de uma versão do tradicional conto de cordel nordestino.