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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o novo salário mínimo de R$1.320, a partir de maio deste ano, conseguido através de um acordo com o Congresso Nacional já que o governo Jair Bolsonaro (PL) não havia deixado verbas suficientes para este aumento no orçamento da União para 2023. Os trabalhadores que ganham um mínimo ficaram quatro anos sem aumento real durante a gestão anterior em função da política ultraliberal do então ministro da Economia, Paulo Guedes, de arrocho salarial.
O governo promete também aumentar a isenção do Imposto de Renda.dos atuais R$1903,98 para R$2.640 e que o valor será gradualmente elevado até chegar aos R$5 mil prometidos por Lula em campanha. O presidente da República defende ainda uma reforma tributária que taxe os mais ricos, para uma tributação progressiva e mais justa, como ocorre nas grandes nações capitalistas. Recentemente, o presidente dos EUA, Joe Biden, defendeu e apresentou ao Congresso Nacional de seu país uma proposta de taxação maior para os bilionários dos EUA justamente para garantir o financiamento de programas sociais e garantir atendimento de saúde para todos.
O que a classe média brasileira espera é que as isenções não reacaiam ainda mais sobre ela. Hoje um trabalhador que ganha acima de R$4.664,68, que não chega a ter um valor real de um salário mínimo na Europa, paga de Imposto de Renda na fonte de 27,5%, não existindo no Brasil uma faixa crescente para quem tem renda acima deste valor, inclusive brasileiros milionários e bilionários, que pagam um percentual ainda menor porque transferem suas renda para pessoa jurídica e até paraísos fiscais, como os banqueiros, conforme já admitiram o ex-ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes e o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Pode avançar mais
Apesar do avanço, a Central única dos Trabalhadores (CUT) defende um valor ainda maior: R$1382,71, uma valorização de 6,2% no mínimo. O movimento sindical chegou a esta proposta porque, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), se o governo Bolsonaro tivesse mantido o Programa de Valorização do Salário Mínimo, criado nos primeiros governos de Lula e que vigorou até 2019, este seria o valor correto que os trabalhadores receberiam.
Á retomada do crescimento econômico só se dará com uma política consistente de valorização salarial. É a força dos trabalhadores que movimenta a ecnomia brasileira. Não iremos nos contentar com a atual proposta”, disse o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, que criticou o fato de a entidade sindical não ter sido ouvida e nem consultada sobre o assunto.
O movimento sindical entende que a retomada do desenvolvimento só será possível com a elevação do poder de compra das famílias, que faz a economia girar, elevando as vendas do varejo e a produção industrial, gerando mais empregos e renda e impostos que retornam para o país.