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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da Contraf-CUT
A rede varejista Havan foi condenada pela Justiça a pagar R$ 50 mil por danos morais a uma ex-funcionária, por preconceito racial. Segundo a trabalhadora, o ex-chefe dizia frases como “melhora essa cara para não ir para o tronco” e “melhora essa cara para não tomar umas chibatadas”. A decisão foi do juiz Fabio Augusto Dadalt, da 3ª vara do Trabalho de São José (SC).
Na sentença, o juiz afirma que a denúncia da ex-funcionária “não é frescura”. “Não é ‘mimimi’ e mu8ito menos brincadeira we não pode ser aceita.
Como a decisão é de primeira instância, ainda cabe recurso.
A trabalhadora relatou a uma gestora de recursos humanos da Havan o que estava sofrendo, mas o chefe recebeu apenas uma “advertência disciplinar”. Um mês depois, porém, a ex-funcionária foi trocada de função e de gestor.
“Em um caso de injúria racial como esse, em que a empresa toma conhecimento do crime e fecha os olhos, é importante que a Justiça seja efetiva, para que as vítimas de injúria racial tenham força e sintam segurança em denunciar”, disse o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar.
A empresa condenada é de propriedade do empresário Luciano Hang, um ativo e radical bolsonarista.