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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Dirigentes de centrais sindicais, entre elas a CUT, e sindicatos, participaram de um protesto nesta sexta-feira (3) pela manhã em frente à Lojas Americanas da Rua do Passeio, no Centro do Rio de Janeiro. A principal exigência foi a garantia da manutenção de todos os empregos e a punição dos responsáveis pela fraude contábil que gerou um rombo que pode chegar a mais de R$ 40 bilhões.
O sócio majoritário da varejista é o fundo de investimentos 3G Capital, de propriedade de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Durante o ato, o presidente da CUT Rio, Sandro Cezar, lembrou que o setor privado tem vocação para produzir grandes escândalos no país.
“É preciso que o governo federal entre nesta questão e encontre uma solução negociada para impedir que os trabalhadores das Americanas percam os seus empregos e para cobrar a punição dos gestores responsáveis pelo rombo bilionário”, defendeu. Disse que este rombo foi causado por uma jogada criminosa, acrescentando que esta é a ponta do iceberg de como age o setor privado.
Ricardo Patah, presidente dos Sindicatos Comerciários de São Paulo e dirigentes das centrais sindicais se reuniram com representantes dos Recursos Humanos das Americanas. Nela, a empresa não apresentou propostas e se limitou a afirmar que depende da recuperação judicial. Também se comprometeram a convocar os sindicatos para trabalhar conjuntamente.
“Nós pedimos para que todas as possíveis dispensas ou pedidos de demissão tenham a assistência dos sindicatos. Eles continuam dizendo que não há dispensas programadas e que na próxima semana vão nos informar dos andamentos”, resumiu o dirigente.
O protesto
Durante o protesto, os manifestantes gritavam palavras de ordem, como “atenção, por trás do balcão existe um coração”, além de carregar cartazes com palavras “em defesa dos trabalhadores” e “contra as demissões”. Outro chamava a atenção para a necessidade de punir os empresários responsáveis pela negociata: “bilionários, estão rindo de quê?”.
No final de janeiro, oito entidades sindicais moveram ação civil pública contra as Americanas e os três principais sócios da empresa, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. Um dos objetivos é a de que o patrimônio pessoal dos acionistas de referência seja usado para o pagamento das dívidas trabalhistas, independentemente do processamento da recuperação judicial. A ação corre na 8ª Vara do Trabalho de Brasília em paralelo com a recuperação judicial, aceita pela Justiça do Rio.