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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Mudança na cobrança de impostos é um dos principais temas em debate no Brasil. Com o objetivo de discutir um projeto dos trabalhadores sobre o assunto, foi decidida no último dia 26 ao final do encontro “Tributação e Luta de Classes”, promovido pelo Instituto Justiça Fiscal (IJF), no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, a realização de uma Conferência Popular sobre Tributação, ainda com data e local a serem marcados.
Participaram dos debates e da decisão, representantes de centrais sindicais e movimentos sociais, incluindo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Para Walcir Previtale, secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, que participou do encontro, todas as políticas que o Brasil precisa para melhorar enquanto país, necessariamente, passam pela questão da tributação.
“Então, para avançarmos na tributação, na questão das grandes heranças, grandes fortunas e, sobretudo, imposto de renda, temos que passar por lutas, e lutas políticas. Esse foi o centro do debate que tivemos no encontro”, argumentou. Ressaltou que o imposto de renda, em especial, está na ordem do dia.
Encontro com Lula
Na semana passada, num encontro com cerca de 600 sindicalistas no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou um dos seus compromissos de campanha, o da correção da tabela do imposto de renda. E, no último dia 27, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, convidou governadores para acompanhar as discussões em torno da reforma tributária, cuja primeira fase já está em debate no Congresso Nacional.
“A questão tributária, da forma como se encontra, se tornou fonte de desigualdade fiscal em nosso país. O congelamento do reajuste da tabela do imposto de renda, nos seis últimos anos, gerou uma enorme distorção. Milhares de trabalhadores, com baixos salários, estão pagando muito mais imposto de renda do que é justo. Por isso, precisamos urgentemente ampliar a faixa de isenção da classe trabalhadora”, defendeu o secretário da Contraf-CUT.