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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
No sábado, um dia antes de viajar para a Argentina, o presidente Lula demitiu o Comandante do Exército, o general Júlio Cesar de Arruda. Segundo o ministro da Defesa, José Múcio, o motivo foi a quebra de confiança.
Arruda chegou ao cargo antes da posse de Lula. Durante a invasão e depredação do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, o general manteve alojados, em frente ao quartel General do Exército em Brasília, bolsonaristas que não aceitavam o resultado das eleições e defendiam uma intervenção militar e ali estavam já há meses.
Como se não bastasse, impediu que a Polícia Militar do Distrito Federal, após os atos terroristas do dia 8, prendesse os participantes dos ataques que se encontravam em frente ao QG. Além disto se recusava a exonerar o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, de um posto de comando sensível em Goiânia.
Cid havia sido nomeado, no apagar das luzes do governo anterior, para comandar o 1º Batalhão de Ações e Comandos, o 1º BAC, uma das unidades do Comando de Operações Especiais, com sede em Goiânia. Ou seja, um batalhão vital para a segurança de Brasília estaria nas mãos de um homem da extrema confiança do ex-presidente. Conhecido como "coronel Cid" pode estar no centro de uma investigação da Polícia Federal, sob ordens do Supremo Tribunal Federal (STF), que apura um suposto esquema de Caixa 2 dentro do Palácio do Planalto durante o governo Bolsonaro.
Para substituir Arruda, Lula nomeou o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva como novo comandante do Exército no sábado (21). O militar é general desde 31 de julho de 2019 e estava à frente do Comando Militar do Sudeste. Participou das missões realizadas pelo exército brasileiro no Haiti e nos complexos da Penha e do Alemão, em 2012.