Segunda, 15 Agosto 2022 19:20

Itaú tem alta de 17,4% no lucro à custa de demissões e assédio

Banco, que lucrou R$7,67 bilhões em três meses, descumpre promessa e continua dispensando funcionários antes da renovação da CCT

O Itaú Unibanco registrou lucro recorrente gerencial de R$ 7,679 bilhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), cifra 17,4% maior do que o registrado em igual período de 2021, informou o maior banco privado do Brasil na segunda-feira passada (8). O faturamento foi acima da expectativa do próprio mercado, que esperava um resultado de R$ 7,487 bi. Com os bancos brasileiros praticando os maiores juros do mundo, o crédito ajuda a explicar, em parte, a alavancada nos ganhos da maior instituição privada do país. No primeiro semestre deste ano, o banco acumula um faturamento de R$ 15,039 bilhões, uma alta de 16,2% em relação ao mesmo período de 2021 
"O resultado só reafirma que o setor financeiro tem condições de sobra para atender às reivindicações de nossa categoria e o Itaú, de incluir no acordo específico, os itens defendidos pelos funcionários”, disse a diretora de Imprensa do Sindicato do Rio, Vera Luiza Xavier.
A sindicalista destaca ainda que é fácil elevar os lucros fechando agências e demitindo trabalhadores. O banco não cumpriu sua promessa de suspender as demissões até a renovação de um novo acordo.
“O Itaú não tem palavra e continua dispensando funcionários. O bancário, que trabalha tanto para garantir lucros recordes não merece tanto desprezo e covardia”, acrescentou Vera, lembrando ainda que as metas desumanas estão adoecendo a categoria.

Mídia