EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde e Condições de Trabalho da Contraf-CUT se reuniu com Banco Itaú na quinta-feira passada (5) para debater o “Programa Recomece” e tratar demandas de saúde dos funcionários.
O Programa de Retorno ao Trabalho é uma conquista da categoria prevista na cláusula 43 da CCT. Os trabalhadores que ficaram mais de 180 dias afastados entram no programa automaticamente e os que ficaram menos de 180 dias, só entram no programa com indicação médica.
“O Recomece deve oferecer ajustes de metas, retorno gradativo, acompanhamento por assistente social e psicólogo”, afirma a diretora do Sindicato do Rio, Jô Araújo. A duração do período de readaptação é de 15 dias e pode ser ampliado por mais 15 dias. Se depois deste período o trabalhador ainda não estiver apto, ele será encaminhado para o INSS.
Médico assistente
Além da preocupação com a saúde, o bancário tem que se virar para buscar um médico. Antes, era a medicina ocupacional do banco que fazia este acompanhamento. O movimento sindical considera que a recomendação do médico assistente - aquele que acompanha o dia a dia do trabalhador e a evolução dos seus casos de doenças - é muito importante. Os sindicatos cobram ainda mais transparência e diálogo do banco com os bancários nos processos de formulação e testagens de novos projetos. O Recomece foi criado de forma unilateral pelo Itaú, contrariando o parágrafo terceiro da Cláusula 43 da CCT que diz também que “o Programa de Retorno ao Trabalho deverá ser discutido com o Sindicato da categoria, que deverá acompanhar a sua implementação”.
Ao ser questionado por não ter procurado o movimento sindical para construção do Recomece, o banco informou que o programa está em fase de construção e propôs um calendário para discussões.
“O afastamento é um momento delicado. O trabalhador já sofre com a doença e fica inseguro quanto ao retorno e a volta precisa ser feita de forma cuidadosa e gradativa, respeitando a condição do trabalhador e garantindo um ambiente livre dos problemas que ocasionaram seu adoecimento” acrescenta a sindicalista.
Pressão no PDV
O GT também denunciou ao banco o assédio e a pressão para os trabalhadores aderirem ao PDV. “Como o nome sugere, o programa tem que ser voluntário e não uma imposição. O PDV não é atraente para os empregados”, critica Jô.