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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Em reunião online com a direção do Itaú na segunda-feira (2), a COE (Comissão de Organização dos Empregados) conseguiu a extensão para a compensação do banco de horas, que era até o dia 31 de agosto deste ano, para até 28 de fevereiro de 2023. O acordo beneficia os trabalhadores que foram afastados ou ficaram em regime de rodízio nas agências, em função da pandemia da covid-19.
“O ideal seria a imediata anistia das horas negativas, mas de qualquer forma, acreditamos que esta prorrogação permitirá que um número bem menor de funcionários tenha horas negativas a compensar”, explica a diretora do Sindicato do Rio e representante da COE, Maria Izabel.
A prorrogação segue o que ficou acordado em fevereiro de 2021, de que os bancários teriam um período de 18 meses, a partir do mês de março seguinte, com o limite de duas horas por dia, para compensar as horas negativas, sendo que o acordo seria prorrogado em mais seis meses, caso os funcionários não conseguissem zerar os seus bancos de horas.
Pressão no PDV
No encontro, Maria Izabel criticou o fato de que os bancários, segundo denúncias feitas em todo o país, estarem sendo pressionados para aderir ao PDV (Plano de Demissão Voluntária). Funcionários sofrendo pressão de gestores e há casos de bancários que são transferidos para locais de trabalho distantes. “A transferência funciona como um recado para que o empregado ceda e venha a aderir ao PDV, que na prática, está mais para PDI, Plano de Demissão Imposta”, criticou.
Caso o bancário se sinta pressionado deve fazer denúncia ao Departamento Jurídico do Sindicato para que sejam tomadas as devidas providências para garantir o aspecto voluntário da adesão e os direitos da categoria.
No final da reunião, o banco anunciou que o PDV será estendido até o dia 13 de maio. “A adesão tem sido baixa porque o PDV não é atraente e o Itaú não pode pressionar o trabalhador”, acrescenta Izabel.
Críticas ao Gera
A sindicalista voltou a criticar o fato de a direção do banco não apresentar nenhuma solução para o Gera, programa que tem sido alvo de muitas queixas dos funcionários. Os sindicatos defendem que o banco negocie com os sindicatos os modelos destes programas. “A cada trimestre o banco apresenta uma mudança no Gera, tornando ainda mais difícil e quase impossível o atingimento das metas que por si só já são desumanas. Queremos debater ponto a ponto o programa”, disse Maria Izabel.
O banco aceitou a proposta dos sindicatos de criar uma comissão bipartite para encontrar soluções aos problemas gerados pelo programa.