A Comissão de Organização dos Empregados (COE) reuniu-se na quarta-feira passada (16) com representantes do Itaú. Um dos principais objetivos foi questionar o fechamento de agências, que tem gerado ainda mais demissões, sobrecarga de trabalho e adoecimento para os que ficam, além de prejudicar os clientes com atendimento ainda mais precário. Há casos de unidades que recebem correntistas de três outras que fecharam, gerando uma situação de caos completo.
O fechamento e suas consequências não se justificam já que o lucro em 2021, teve um salto de 45% em relação a 2020, segundo o balanço do Itaú faturando R$26,9 bilhões.

Números errados

Ainda sobre o fechamento de agências a COE apontou que, no balanço divulgado pelo banco na semana passada, constam apenas 15 extintas. “Pelo levantamento dos sindicatos de bancários de todo o Brasil, este número não corresponde à realidade. Só no Rio de Janeiro foram fechadas 15. Onde estão as outras? O banco ficou de estudar o desencontro dos números e dar um retorno”, explica a diretora do Sindicato do Rio, Maria Izabel.

Banco de horas

O acordo do modelo de compensação do banco de horas negativas, negociado pela COE e aprovado pelos trabalhadores no início de 2021, garantiu aos bancários um período de 18 meses a partir de março com o limite de duas horas por dia a compensar as horas negativas.
O acordo de banco de horas negativo foi negociado para garantir os direitos dos trabalhadores que foram afastados ou em regime de rodízio nas agências, por conta da pandemia do coronavírus.

Gerando insatisfação

As alterações feitas no programa de remuneração variável, Gera, para 2022 tem causado muita insatisfação. Os bancários denunciam que a pressão aumentou, as metas estão muito difíceis de ser alcançadas e, por isso, estão recebendo menos.

PDV

O Itaú anunciou a abertura de um novo Programa de Desligamento Voluntário (PDV). Para aderir, o funcionário precisa, até 31 de janeiro de 2022, cumprir um ou mais requisitos, que são: Idade de 60 anos até a data referida; empregados que estavam afastados por licença de saúde por 30 dias ou mais; que gozavam de estabilidade provisória decorrente de retorno de afastamento por motivo de saúde (B31 ou B91); que estavam lotados na gerência de recursos especiais ou que estavam sob a sua gestão.
O programa apresenta dois pacotes: o pacote A com indenização de 0,5 salário por ano completo de vínculo empregatício ininterrupto, limitada a seis salários; Indenização no valor de R$9.447,23 que é correspondente ao valor de 13 Auxílios Cesta Alimentação da categoria e manutenção no Plano de Saúde e Odontológico por 60 meses, em que o bancário pagará como se estivesse na ativa.
O pacote B oferece indenização de 0,5 salário por ano completo de vínculo empregatício ininterrupto, limitada a 10 salários; indenização no valor de R$9.447,23 que é correspondente ao valor de 13 Auxílios Cesta Alimentação da categoria e manutenção no plano de saúde e odontológico por 24 meses em que o bancário pagará como se estivesse na ativa. O início da adesão está previsto para a última semana de março.