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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) reuniu-se nesta quarta-feira (16/2) com representantes do Itaú. Um dos principais objetivos foi questionar o fechamento de agências, prática nociva que tem gerado ainda mais demissões, sobrecarga de trabalho e adoecimento para os que ficam, além de prejudicar os clientes, ao provocar a queda ainda maior na qualidade do atendimento. Há casos de unidades que recebem correntistas de três outras que fecharam, gerando uma situação de caos completo.
O fechamento e suas consequências não se justificam já que o lucro em 2021, teve um salto de 46% em relação a 2020, segundo o balanço do Itaú. O assunto, entre outros temas importantes para os bancários, vem sendo tratado com descaso pelo banco, que recebe as reinvindicações, mas não as responde: nem na rodada de apresentação, nem nas que se seguem.
Por isto mesmo a COE aproveitou esta primeira reunião de 2022 para cobrar soluções para as reivindicações apresentadas no último ano e que permanecem sem resposta. Entre elas estão os questionamentos às mudanças no programa de remuneração variável, o Gera; as demissões em massa – inclusive de pessoas com deficiência (PCDs) –, banco de horas negativas; aumento de casos de covid-19, com volta do crescimento do número de mortos; e aumento do assédio moral; além do fechamento de agências.
“Chegamos à conclusão de que este modelo de negociação não está sendo efetivo, por isso, sugerimos um novo formato, com uma pauta única e a obrigatoriedade de encaminhamento para a solução no próprio encontro”, explicou Jair Alves, coordenador da COE Itaú. “O banco concordou e já definimos as pautas dos dois próximos encontros”, completou, ao informar que a pauta da reunião agendada para o dia 9 de março é banco de horas negativo. No dia 16 de março será remuneração.
Fechamento de agências
Ainda sobre o fechamento de agências a COE apontou que, no balanço divulgado pelo banco na semana passada, constam apenas 15 extintas. Pelo levantamento dos sindicatos de bancários de todos o Brasil, este número não corresponde à realidade. Só no Rio de Janeiro foram fechadas 15. Onde estão as outras? O banco ficou de estudar o desencontro dos números e dar um retorno.
Banco de horas negativas
O acordo do modelo de compensação do banco de horas negativas, negociado pela COE e aprovado pelos trabalhadores no início de 2021, garantiu aos bancários um período de 18 meses a partir de março com o limite de duas horas por dia a compensar as horas negativas. “Está chegando o prazo final de compensação, que é agosto, precisamos iniciar a negociação para a ampliação deste prazo, pois muitos trabalhadores não estou conseguindo compensar”, Valeska Pincovai, representante do Sindicato dos Bancários de São Paulo, na COE Itaú.
O acordo de banco de horas negativo foi negociado para garantir os direitos dos trabalhadores que foram afastados ou em regime de rodízio nas agências, por conta da pandemia de coronavírus.
Remuneração
As alterações feitas no programa de remuneração variável, Gera, para 2022 tem causado muita insatisfação. Os bancários denunciam que a pressão aumentou, as metas estão muito difíceis de ser alcançadas e, por isso, estão recebendo menos.
PDV
O Itaú anunciou nesta quinta-feira (17) a abertura de Programa de Desligamento Voluntário (PDV). Nos próximos dias, o banco divulgará as regras de elegibilidade ao PDV e o que é oferecido aos trabalhadores que aderirem ao programa.
*Com informações da Assessoria de Comunicação da Contraf-CUT.