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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Somente a ganância desmedida pode explicar a prática recorrente e desumana do Itaú de continuar demitindo bancários adoecidos em função do trabalho e em plena pandemia. Foi o caso de Ana Cristina Bezerra. Por estar doente – ela sofre de lesão por esforço repetitivo (LER/Dort) – a demissão foi considerada ilegal, portanto nula, pela juíza da 10ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, Raquel Fernandes.
Para a sua decisão, a magistrada levou em consideração também que o banco – que na propaganda aparece tão bondoso quanto uma criança – descumpriu o compromisso público assumido de não dispensar funcionários enquanto perdurasse a pandemia ao fazer parte do movimento #NãoDemita. A continuidade do corte de pessoal mostra ainda que o Itaú pouco se importa com a impossibilidade dos demitidos encontrarem outro emprego, já que o país se encontra quase em recessão, graças à política econômica do governo Bolsonaro, agravada pela pandemia, com alto desemprego e quebra de empresas, menos do setor financeiro que se mantém com lucros recordes.
Também não se importa com os clientes que perdem com a queda na qualidade do serviço em consequência das demissões. “Estamos aqui para garantir os direitos da categoria bancária e atuar contra as demissões irregulares. O banco, que adoece os funcionários, também tem o dever de cuidar. Sindicalizem-se e lutem por seus direitos”, afirmou o diretor de Saúde do Sindicato, Edelson Figueiredo.
Ana Cristina agradeceu o trabalho do Sindicato que a reintegrou, através do trabalho integrado da Secretaria de Saúde e do Jurídico. “Venho agradecer a todos que fizeram parte da minha reintegração, entre eles, Edelson, dra. Manuela (advogada que elaborou a ação), Bruna (funcionária da Secretaria de Saúde) e toda equipe do Sindicato. Até aqui, a caminhada foi árdua, mas vocês fizeram dela um momento de conhecimento e esperança. Mais uma vez, obrigada. Que 2022 seja repleto de amor, paz, harmonia e sucesso”, afirmou.