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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Um “ombudsman” é um sistema criado por uma empresa para ouvir de seus empregados críticas e reclamações e ajudar a melhorar a produtividade dos trabalhadores. Mas no Itaú não é assim. Os funcionários denunciam que o sistema de ouvidoria interna é puro marketing do banco e nenhuma providência é tomada para pôr fim ao aumento das metas e da prática de assédio moral, oprimindo e adoecendo ainda mais os bancários.
“Os gerentes gerais só ligam para o ombudsman para saber a respeito das metas, cada vez mais desumanas e as agências sem um número de funcionários suficientes são negligenciadas”, afirma a diretora do Sindicato do Rio, Maria Izabel, que é membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados).
Chuva de denúncias
O Sindicato tem recebido inúmeras denúncias e críticas ao cabal de ouvidoria interna do banco. Funcionários denunciam que chegaram a sofrer assédio moral e pressão psicológica na frente da funcionária do ombudsman, o que deixa claro que a verdadeira função da ouvidoria interna não é o de promover um melhor ambiente de trabalho, mas manter metas absurdas e pressão psicológica.
“O ombudsman tem de ser um canal sigiloso e não um instrumento para constranger os empregados que se omite na prática de assédio moral institucional”, critica Izabel.
Bancários confirmaram que abriram um canal do Ombudsman e receberam como resposta ligações com deboches e que os assediadores denunciados são, no máximo, transferidos para outra unidade. “Há até casos de bancários que pediram demissão em função de um instrumento do banco que não serve para nada”, conclui a sindicalista.