Segunda, 06 Dezembro 2021 19:17
ITAÚ

Sindicatos conseguem reversão parcial de grupo de risco ao trabalho presencial

Recuo do banco protege pessoas do grupo de risco. Negociação avança também na luta pelo cumprimento de protocolos de segurança sanitária
A diretora do Sindicato Maria Izabel em uma atividade  no Itaú. Negociações avançaram graças às  campanhas de mobilização dos bancários A diretora do Sindicato Maria Izabel em uma atividade no Itaú. Negociações avançaram graças às campanhas de mobilização dos bancários

O movimento sindical, através da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde conquistou um importante avanço para os funcionários do banco, em negociação realizada na quinta-feira (2): a reversão da decisão do Itaú, que havia convocado todos os funcionários do grupo de risco para retornar ao trabalho presencial. Na avaliação dos sindicalistas, a vitória parcial na mesa de negociação é fruto da mobilização dos bancários. O banco aceitou manter no teletrabalho, as pessoas consideradas imunes supressoras (que possuem reduzido sistema imunológico).

Análise caso a caso

Já os bancários com comorbidades como diabetes, hipertensão e também os empregados com mais de 60 anos serão analisados caso a caso e o empregado terá de apresentar o atestado de seu médico que será entregue à área de saúde do banco para análise.
“Se o médico do bancário atestar que ele é do grupo de risco e, por isso, não deve voltar ao trabalho presencial não vamos aceitar que profissionais do setor de saúde do Itaú questionem o laudo médico apresentado pelo funcionário. Se isto ocorrer, nós vamos denunciar a falta de ética ao Conselho Regional de Medicina e tomar as devidas providências para garantir os direitos dos bancários”, disse a diretora do Sindicato do Rio, Maria Izabel, que é membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados) e participou da reunião virtual com a direção do Itaú. Os bancários reivindicaram ainda mais rigor nos protocolos de prevenção, como o uso de máscara e álcool em gel.
A COE cobrou do Itaú uma posição sobre as demissões que estão ocorrendo nas agências de todo o país. Há denúncias de bancários dispensados por não possuírem os certificados CPA10 e CPA20. Confira em nosso site, os demais temas discutidos no encontro.


Demais temas da negociação
Parcelamento de dívidas - Uma nova reunião será marcada para que o banco apresente um acordo sobre o tema. O banco disse que terá problemas operacionais na folha de pagamento, caso tenha que fazer o acordo por sindicato. Os sindicatos querem o parcelamento das dívidas dos funcionários que se afastam para tratamento de saúde, conforme previsto na cláusula 65 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.
Banco de horas negativo - O acordo de banco de horas negativas, feito entre os representantes dos trabalhadores e o banco, com vigência de dois anos, vence em agosto de 2022. No encontro, o Itaú se comprometeu a agendar uma nova data, ainda neste mês de dezembro, para discutir o assunto.
Respeito à Diversidade - O banco prometeu ainda, atender às reivindicações do movimento sindical para promover o respeito à diversidade e disse que irá agendar uma reunião para debater o tema. Os trabalhadores defendem a igualdade salarial entre homens, mulheres, brancos e negros e o combate a toda e qualquer forma de discriminação contra as mulheres, identidades raciais, LGBTQIA+, imigrantes, jovens, idosos, pessoas com deficiência e querem incluir a questão da intolerância religiosa e política nas negociações.
Segurança bancária - O banco também se comprometeu a agendar uma nova data para debater, especificamente, demandas sobre a segurança bancária. Garantir a proteção aos trabalhadores e clientes nas agências de negócios e unidades de varejo, manter vigilantes e porta de segurança com detecção de metais e garantir segurança ao manuseio de numerário e os escudos de proteção, entre outros equipamentos de segurança nos locais de trabalho, estão entre as prioridades. .

Mídia