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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O movimento sindical, através da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde conquistou um importante avanço para os funcionários do banco, em negociação realizada na quinta-feira (2): a reversão da decisão do Itaú, que havia convocado todos os funcionários do grupo de risco para retornar ao trabalho presencial. Na avaliação dos sindicalistas, a vitória parcial na mesa de negociação é fruto da mobilização dos bancários. O banco aceitou manter no teletrabalho, as pessoas consideradas imunes supressoras (que possuem reduzido sistema imunológico).
Análise caso a caso
Já os bancários com comorbidades como diabetes, hipertensão e também os empregados com mais de 60 anos serão analisados caso a caso e o empregado terá de apresentar o atestado de seu médico que será entregue à área de saúde do banco para análise.
“Se o médico do bancário atestar que ele é do grupo de risco e, por isso, não deve voltar ao trabalho presencial não vamos aceitar que profissionais do setor de saúde do Itaú questionem o laudo médico apresentado pelo funcionário. Se isto ocorrer, nós vamos denunciar a falta de ética ao Conselho Regional de Medicina e tomar as devidas providências para garantir os direitos dos bancários”, disse a diretora do Sindicato do Rio, Maria Izabel, que é membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados) e participou da reunião virtual com a direção do Itaú. Os bancários reivindicaram ainda mais rigor nos protocolos de prevenção, como o uso de máscara e álcool em gel.
A COE cobrou do Itaú uma posição sobre as demissões que estão ocorrendo nas agências de todo o país. Há denúncias de bancários dispensados por não possuírem os certificados CPA10 e CPA20. Confira em nosso site, os demais temas discutidos no encontro.
Demais temas da negociação
Parcelamento de dívidas - Uma nova reunião será marcada para que o banco apresente um acordo sobre o tema. O banco disse que terá problemas operacionais na folha de pagamento, caso tenha que fazer o acordo por sindicato. Os sindicatos querem o parcelamento das dívidas dos funcionários que se afastam para tratamento de saúde, conforme previsto na cláusula 65 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.
Banco de horas negativo - O acordo de banco de horas negativas, feito entre os representantes dos trabalhadores e o banco, com vigência de dois anos, vence em agosto de 2022. No encontro, o Itaú se comprometeu a agendar uma nova data, ainda neste mês de dezembro, para discutir o assunto.
Respeito à Diversidade - O banco prometeu ainda, atender às reivindicações do movimento sindical para promover o respeito à diversidade e disse que irá agendar uma reunião para debater o tema. Os trabalhadores defendem a igualdade salarial entre homens, mulheres, brancos e negros e o combate a toda e qualquer forma de discriminação contra as mulheres, identidades raciais, LGBTQIA+, imigrantes, jovens, idosos, pessoas com deficiência e querem incluir a questão da intolerância religiosa e política nas negociações.
Segurança bancária - O banco também se comprometeu a agendar uma nova data para debater, especificamente, demandas sobre a segurança bancária. Garantir a proteção aos trabalhadores e clientes nas agências de negócios e unidades de varejo, manter vigilantes e porta de segurança com detecção de metais e garantir segurança ao manuseio de numerário e os escudos de proteção, entre outros equipamentos de segurança nos locais de trabalho, estão entre as prioridades. .