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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Fonte: Contraf-CUT
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, junto com os membros do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú se reuniram com a direção do banco, nesta quarta-feira (10). Na pauta, o protocolo de retorno ao trabalho presencial dos empregados que ainda estão em home office, o retorno dos trabalhadores do Grupo de Risco e o parcelamento do adiantamento de salário aos trabalhadores afastados. Os sindicatos consideram que ainda não é o momento para o banco promover o retorno das pessoas de risco ao trabalho presencial.
"Há muitos casos de gestores que, numa injustificável insensibilidade, estão demitindo os bancários que voltam às agências. Através de nosso Departamento Jurídico estamos conseguindo reverter algumas destas dispensas. É uma desumanidade do banco que poderia manter estes funcionários em home office", afirma a diretora do Sindicato do Rio e membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Maria Izabel.
Protocolos de segurança
Os representantes do banco garantiram que os protocolos de saúde e segurança, como o uso de máscara, álcool gel, distanciamento e análise nos casos dos suspeitos de contágio pela Covid-19, entre outras medidas, continuarão sendo adotados. Informaram ainda que o Itaú é “contra a realização de exame de retorno, pois as pessoas não estão afastadas, estão trabalhando em home office e não faz sentido fazer exames”.
Grupo de Risco
Na questão do retorno dos trabalhadores do grupo de risco, o banco estabeleceu o ciclo vacinal completo, mais o período de 14 dias como exigência mínima. Nas agências, este retorno já está acontecendo desde o dia 4 de outubro. Na administração, o processo gradativo está acontecendo de “forma voluntária”, em número reduzido, por conta dos protocolos dos prédios.
O banco considera ainda que todos os bancários que estão com ciclo de vacinação completa, mas não retornarem ao trabalho presencial por algum impedimento médico devem ser encaminhados ao INSS.
Os sindicatos têm recebido várias denúncias de casos de funcionários que voltaram sem nenhum exame e foram demitidos, mesmo apresentando problemas de saúde. O movimento sindical reivindica “que o banco analise caso a caso” o retorno dos trabalhadores do grupo de risco e busque realocar esses mesmo funcionários em home office e teletrabalho.
O movimento sindical quer que o Itaú mantenha um canal de diálogo para, pelo menos, discutir caso a caso e buscar uma saída para garantir os empregos da categoria. "O bancário do grupo de risco não está incapacidado para ficar licenciado pelo INSS, mas ainda se sente inseguro para o retorno presencial. O Itaú não pode colocar o lucro acima da vida", acrescenta Maria Izabel.
Parcelamento de dívidas
Os trabalhadores reivindicam ainda a retomada da discussão do parcelamento da dívida do INSS. O banco sugeriu que fosse marcada uma nova reunião para debater o tema. Entretanto, adiantou que um acordo só será fechado nacionalmente, com todas entidades representativas dos bancários.