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Foto: Nando Neves
Imprensa SeebRio
O debate sobre a defesa da vida foi talvez o mais importante tema do Encontro Nacional dos Bancários do Itaú, realizado virtualmente nesta quinta-feira (5/8). O burburinho causado pela pressão de certos gestores pelo retorno ao trabalho presencial, fez com que o assunto fosse tratado por Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, logo na abertura do evento.
“No início da pandemia negociamos com os bancos a fixação de uma série de protocolos, medidas de prevenção que só não evitaram mais mortes, devido ao boicote do governo ao isolamento social e à compra de vacinas. Ouve-se falar em retorno ao presencial, mas não é a hora de baixarmos a guarda”, avaliou
Salles ressaltou que o número de pessoas contaminadas e mortas continua alto e, segundo a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) uma situação relativamente segura, com o controle da disseminação, só será alcançada com 80% da população imunizada. “Hoje este número chega a pouco mais de 20%. Não podemos arriscar vidas”, argumentou.
Disse que a vacinação é lenta em consequência do desinteresse do governo Bolsonaro em coordenar uma campanha nacional que agilizasse a imunização e em implantar outras medidas de prevenção. Acrescentou que a pressão do movimento sindical, garantiu a inclusão da categoria bancária no grupo prioritário do Programa Nacional de Imunização (PNI). “Mas vários governadores e prefeitos vêm desobedecendo a lei”, disse.
Salles frisou que foi firmado com os bancos um acordo prevendo que a volta do presencial será obrigatoriamente debatida com o Comando Nacional dos Bancários. “A decisão vai ser discutida à luz da realidade da pandemia. Este debate, no entanto, nos parece distante”, avaliou.