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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Foto: Nando Neves
Imprensa SeebRio
Os palestrantes que participaram da abertura do Encontro Nacional dos Bancários do Itaú, nesta quinta-feira (5/8), ressaltaram as dificuldades enfrentadas pela categoria e demais trabalhadores, tanto no que diz respeito à pandemia, quanto ao governo Bolsonaro que, com seu negacionismo, fez aumentar o número de mortos e contaminados pela covid-19, além de atacar inúmeros direitos. Houve, ainda, palestra do Dieese, sobre o balanço do banco, de dirigentes da Contraf-CUT sobre segurança, saúde, remuneração e fundos de previdência fechada. E, no final, a aprovação das propostas do Encontro. O vice-presidente da Contraf-CUT, e ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Vinícius Assumpção participou da abertura.
Citou como essenciais os debates sobre questões específicas, como a ampliação da campanha contra as demissões; cobrar do banco uma solução para a confusão causada pela troca do Agir pelo Gera, através da negociação de um acordo; e o parcelamento do débito dos que estão inaptos para o trabalho, e são considerados aptos pela perícia do INSS. “Mas também discutir a importância das eleições do próximo ano. Temos que nos livrar deste governo genocida, que só faz retirar nossos direitos para enriquecer bancos e grandes empresas. Precisamos participar deste processo eleitoral e colocar no lugar, um governo que pense no bem-estar dos trabalhadores e de toda a população”, defendeu.
Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, falou dos desafios que a categoria e o movimento sindical têm pela frente, como saber lidar com os impactos provocados pelas novas tecnologias. Lembrou que o processo de digitalização se aprofundou com a pandemia, gerando mais demissões. Mas não veio sozinho.
“Em plena pandemia, o Itaú impôs o Gera, anunciou o novo modelo de agência. Fechou centenas de agências físicas, demitiu, está impondo um sistema em que o funconário tem que.ser multifunção. Este encontro vai definir como organizar os bancários numa mobilização que nos permita negociar saídas para esta situação”, afirmou. Lembrou que o contexto é semelhante em todos os bancos e que a luta tem que ser unificada e definida de forma conjunta na Conferência Nacional dos Bancários e nos congressos dos bancos públicos, cujos empregos e direitos dos funcionários também estão sob ataque.
Disse que o Comando Nacional dos Bancários está cobrando o retorno das negociações da Mesa da Covid. “O retorno presencial é um tema muito delicado que vemos como distante devido ao fato da pandemia estar longe do controle. Não podemos dizer que está tudo normal, porque não está”, constatou. Ivone também defendeu que a categoria passe a entrar no debate sobre a mudança de governo, não apenas isso, mas também sobre a eleição de parlamentares comprometidos com os direitos da população.
“O Congresso Nacional atual continua aprovando projetos de lei enviados pelo governo que extinguem nossos direitos para enriquecer bancos e grandes empresas. Temos que eleger candidatos que reconhecidamente nos defendam e aprovem projetos que ampliem nossos direitos”, afirmou.