Quarta, 02 Junho 2021 19:56

Protesto denuncia covardia do Itaú que assedia e demite, mesmo na pandemia

Sindicato atrasa entrada em agências do Itaú e conversa com bancários Sindicato atrasa entrada em agências do Itaú e conversa com bancários

Olyntho Contente

Foto: Nando Neves

Imprensa SeebRio

O Sindicato fez nesta quarta-feira (2/6) um protesto contra as demissões em massa promovidas covardemente pelo Itaú em plena pandemia do novo coronavírus, atrasando a entrada para o trabalho nas agências da Avenida Rio Branco. Durante a manifestação diretores da entidade conversaram com os bancários sobre a necessidade de ampliar as mobilizações para pôr fim ao corte de pessoal que se ampliou mesmo com o aumento de 63,5% no lucro do banco no primeiro trimestre deste ano, que foi de R$ 6,4 bilhões, em comparação com o do mesmo período de 2020.

“As demissões com alta lucratividade desmentem a publicidade que tenta passar a imagem do Itaú como a de um banco que respeita e valoriza os bancários, os principais responsáveis pelo lucro, e clientes, quando o que acontece é exatamente o contrário”, lembra Izabel Menezes, diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE). Respeito e valorização são qualidades que existem apenas nas peças publicitárias, criadas para passar a ideia de que é um banco do futuro, construído ‘com você’.

A dirigente denuncia a dupla crueldade das demissões. As dispensas jogam no olho da rua pais e mães de família que dificilmente encontrarão alternativa no mercado num cenário de estagnação econômica, e, ao mesmo tempo, pioram o atendimento, em profundo desrespeito também aos clientes que ficam em filas cada dia maiores.

Mais protestos

Izabel adiantou que o Sindicato prepara mais manifestações. Avisou que elas são apenas o aquecimento para uma campanha nacional com mobilizações contra as demissões e o assédio moral imposto pelo Itaú mesmo com todas as dificuldades e riscos da pandemia para obrigar os bancários a atingirem metas inalcançáveis de venda de produtos. A campanha está sendo preparada em conjunto pelos sindicatos de todo o país, a COE e a Contraf-CUT.

O banco vem ameaçando demitir quem não atinge estas metas. Para Izabel, não há como exigir metas de venda de produtos durante uma crise sanitária, com a economia estagnada, alto desemprego e falência de empresas. “Esta política de negócios é equivocada, irracional e desumana; mantém sob estresse elevado e adoecidos os bancários e, com mais demissões a cada dia, mais cansados, cada vez com menos condições emocionais e físicas de alcançar o que se exige em termos de resposta às exigências descabidas feitas pelo Itaú”, argumentou Izabel

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