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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Itaú realizou na última quinta-feira, dia 26 de novembro, uma live para apresentar as mudanças que a direção do banco vai promover a partir de 2021 e para os próximos dez anos. O que aflige os empregados não foi assunto da festa, que teve ao final direito a um show de Ivete Sangalo: os boatos em torno da reestruturação na empresa, o que está sendo chamado de um novo modelo de banco, o que tem preocupado muito os funcionários.
“As alterações feitas no Programa Agir na virada do semestre já causaram muita tensão entre os bancários e merecidas críticas do movimento sindical. A direção do Itaú desconstruiu todo um acordo que firmamos para mudar as regras do jogo no ‘apagar das luzes’, tornando ainda mais difícil atingir as metas, ainda mais numa crise econômica sem precedentes como esta, agravada pela pandemia da Covid-19”, destaca a diretora do Sindicato do Rio, Maria Izabel, que é da COE (Comissão de Organização dos Empregados).
Bel disse que o banco demite em massa, não valoriza os funcionários e gera ainda mais insegurança e incerteza entre os trabalhadores.
“Tem sido grande o número de jovens bancários pedindo demissão por medo de continuar e não sentir perspectivas de desenvolvimento profissional. O fato destes trabalhadores pedirem dispensa em plena crise da pandemia mostra que não adianta promover uma live bonita, com show de uma estrela da MPB e não valorizar os empregados. O Itaú não é uma empresa boa para se trabalhar e a exploração só aumenta”, acrescenta.
Realidade dura
O lema da live foi “O nosso futuro chegou. E o primeiro passo é seu”, com dizeres como “iniciaremos nosso caminho da transformação, para construirmos, juntos, o banco do futuro”. Apesar do merchandising que vende a ideia de uma empresa promissora para se trabalhar, a realidade mostra que a situação no Itaú para o funcionário é cada vez pior.
“Temos visto que bancários com três ou quatro anos de casa estão saindo do dizendo que não aguentam mais ser desvalorizado, humilhado e explorado. Os funcionários não veem o banco como uma empresa com futuro para os empregados, por isso, eles estão pedindo demissão muito decepcionados. Há muita incerteza e insegurança, cobrança, exploração, mas o incentivo para os bancários é zero”. E os que querem e precisam continuar, especialmente os mais antigos, estão sendo descartados pelo banco”, conclui a sindicalista.