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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Não satisfeito em demitir em massa durante a pandemia do novo coronavírus, com todas as extremas dificuldades que esta atitude desumana gera para os bancários, o Itaú decidiu manter as alterações feitas de forma unilateral nas regras do Progarama Agir (Ação Gerencial Itaú de Resultados). A Comissão de Organização dos Empregados (COE) reivindicou, em negociação no último dia 20, que o banco voltasse atrás, levando em consideração que as mudanças foram feitas às vésperas do fim do semestre e que pioram ainda mais as exigências estabelecidas para o cumprimento de metas.
"É um absurdo sem tamanho mudar as regras aos 45 minutos do segundo tempo. Não podemos aceitar. E, pior, no meio de um processo de demissões em massa, em plena pandemia mundial, um momento delicado em que a perda do emprego agrava ainda mais a situação aflitiva de milhares de famílias", afirmou Izabel Menezes, diretora do Sindicato e integrante da COE. E acrescentou: "É muita ganância e falta de humanidade. E não há uma justifitiva minimamente razoável, ainda mais levando em consideração o lucro bilionário e recorde obtido pelo Itaú".
O banco divulgou as mudanças nas projeções de metas do Agir no último dia 11. As alterações alguns dias antes de o semestre acabar têm gerado muitas reclamações dos bancários, em função da elevação das metas que poderá agravar ainda mais uma situação que tem adoecido os funcionários com pressão e assédio moral para atingir os resultados impostos pelo banco. As regras do programa foram alteradas no meio do caminho sem qualquer comunicado da instituição.
PCR e auxílio-educação
Segundo o coordenador da COE, Jair Alves, foi cobrado do banco a manutenção da cláusula que garanta as regras do Agir, pois, não se pode mexer num programa já assinado e com as regras definidas. Acrescentou que além das mudanças no final do semestre terem causado apreensão na categoria, vale lembrar que o assédio por cumprimento de metas tem sido constante, o que só aumenta a insegurança no ambiente de trabalho que já se encontra precário.
Na ocasião, também foi discutida a pauta sobre auxílio educação e PCR. Segundo Jair “sobre a falta de clareza e objetividade do banco Itaú, nós cobramos que no momento da assinatura do PCR fique mantida a cláusula que garanta as regras do Agir. Pois não se pode mexer num programa já assinado e com as regras definidas”, explicou.
Outra cobrança da COE foi sobre a definição do auxílio educação, que precisa ter um reajuste satisfatório, uma vez que percentual utilizado não condiz com a realidade dos bancários. Será preciso acelerar as discussões em torno deste tema, pois as instituições educacionais em dezembro já devem abrir o período de matrículas. Para a COE o banco deve ser transparente e apresentar o número total de inscritos dentro do programa e como foi feita a distribuição. A resposta sobre PCR (ainda sem definição de valores) e auxílio-educação será dada em uma nova rodada de negociação. Ambos provêm da mesma fonte de financiamento.
Demissões
Outro assunto da reunião foram as demissões impostas durante a pandemia, em descumprimento de compromisso assumido. Nos últimos dias houve em torno de 15 demissões de Go`s e GGC´s. O tema voltará a ser tratado na próxima reunião, nesta semana, juntamente com teletrabalho e a cobrança de uma definição concreta sobre a distribuição dos valores do auxílio educação.