Sexta, 06 Novembro 2020 16:31

Fim de rodízio eleva o risco de contágio entre funcionários do Itaú

Decisão do gerente regional do Centro é tomada no momento em que o mundo sofre a segunda onda do novo coronavírus

Alguns gestores do Itaú parecem não se Importar com o bem estar e a segurança de seus funcionários. Prova disso é a decisão do gerente regional do Centro de acabar com o rodízio de funcionários nas agências em plena pandemia do Covid-19. “Enquanto a Fiocruz alerta para o risco de aumento da subnotificação dos casos pelas autoridades, em função das eleições municipais e a Europa e os EUA vivem uma segunda onda de contaminação do coronavírus, ainda mais agressiva do que a primeira, o Itaú cancela o rodízio, sob a alegação de não haver mais necessidade, o que é desmentido pela realidade de frequentes casos de novas contaminações de bancários”, alerta o diretor do Sindicato do Rio, Ronald Carvalhosa.

Injúria contra bancários

Outro argumento usado pelo gerente regional é ainda mais absurdo, pois segundo ele, os bancários estariam “aproveitando a folga proporcionada pelo rodízio para ir à praia”.

“Essa afirmação é verdadeiro escárnio com os trabalhadores e expõe a forma com que banco age com seus funcionários, ao querer determinar o que o bancário pode ou não fazer em suas horas de folga, ainda que venha a ter que compensar essas horas”, acrescenta Carvalhosa.

A própria atitude do banco de deixar a critério dos gestores a realização ou não do rodízio gera uma desigualdade de tratamento que acaba por provocar muito descontentamento entre os trabalhadores.

O sindicato alerta que o Itaú e seus gestores serão responsabilizados por um eventual aumento no número de casos de contágio entre os bancários.

Mídia