Quarta, 28 Outubro 2020 21:29

Itaú causa terror nas agências ao omitir informações sobre novo modelo de funcionamento

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

Em reunião nesta quarta-feira (28/10), a Comissão de Organização dos Empregados (COE) cobrou do Itaú informações sobre o ‘novo modelo’ de funcionamento do banco que estaria para ser implantado. A omissão causou um verdadeiro clima de terror entre os funcionários, gerando especulações em relação à manutenção ou extinção de cargos e de postos de trabalho.

Para a diretora do Sindicato e membro da COE, Maria Izabel Menezes, o Itaú errou ao não dar a necessária transparência a este processo que está sendo estudado. Este comportamento gerou aumento da insegurança que já existia em função do risco de contaminação pelo covid-19, demissões e pelo clima de pressão devido à cobrança abusiva do cumprimento de metas. “É preciso que o Itaú preste informações sobre seus planos. É um direito dos funcionários ter acesso a elas”, disse.  

A COE reivindicou do banco a divulgação de um comunicado esclarecendo que não haverá reestruturação, pelo menos neste ano, como disseram os representantes do Itaú na reunião. Deve esclarecer, ainda, aos funcionários e à COE sobre o Projeto Piloto já pelo ‘novo modelo’ que disseram estar em andamento.

Consignado

Cobrou também que fique claro que as dificuldades sobre as metas de consignado não prejudiquem os funcionários. Para isso reivindicou que o Itaú faça outro comunicado, este, explicitando que as metas do consignado estão comprometidas em função de atrasos nas liberações, ocasionadas pela DataPrev, órgão do governo federal, o que foi admitido pelo próprio representante do banco. Diante disto, a COE argumentou que os funcionários não podem ser prejudicados e que as dificuldades nas liberações devem ser explicadas oficialmente pelo banco.

Ampliação do atendimento

Em relação ao horário de atendimento das agências, o Itaú informou que passará a ser de 10 às 15 horas a partir do dia 3 de novembro e não mais de 10 às 14 horas, como é hoje. Disse que a ampliação se deve a ações do Ministério Público. Para Maria Izabel, a mudança aumentará o risco à saúde dos funcionários.

A COE reivindicou a vacinação de todos os funcionários e dependentes contra a covid-19, assim que a vacina estiver disponível. O representante do banco disse que a reivindicação será analisada.

Outra reivindicação foi a de suspender as demissões e voltar ao sistema da Central de Realocação que deu certo. A COE vai aguardar, na reunião de 10 de novembro, resposta sobre a proposta de renovação do Programa Complementar de Resultados (PCR). A expectativa é que a renovação ocorra antes do final do ano.

*Com informações da COE.

 

 

 

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