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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Bancários de todo o Brasil realizam nesta sexta-feira, dia 9 de outubro, a partir das 11 horas da manhã, um novo tuitaço em protesto contra as demissões de trabalhadores no Itaú. Na sexta-feira passada, a campanha da categoria nas redes sociais esteve entre os assuntos mais comentados da rede, com a hashtag #ItaúNãoDemitaMeusPais.
O maior banco privado do país descumpriu o compromisso de não demitir funcionários durante a pandemia, o que contraria a suposta “responsabilidade social” pregada pelo Itaú em suas peças publicitárias milionárias.
O banco demitiu 130 funcionários na área de Veículos de uma vez só, além de outras que continuam a acontecer nas agências bancárias.
Na própria sexta-feira (6) o banco divulgou um comunicado interno evocando o código de ética aos seus funcionários falando sobre a atuação pessoal nas redes sociais, numa forma clara de tentar intimidar os trabalhadores e reduzir a participação dos bancários na campanha do movimento sindical. Fica evidente que manifestações com grande repercussão no universo virtual afetam a imagem das empresas e preocupam grandes acionistas e proprietários.
Grande faturamento
Apesar da crise sanitária e econômica causada pela política econômica de arrocho e retirada de direitos do Governo Bolsonaro e agravada pela pandemia Covid-19, que tem levado o setor industrial e o comércio a amargarem prejuízos e muitas falências e o trabalhador a sofrer com a maior taxa de desemprego desde 2012 (13,8% em julho), o sistema financeiro continua a faturar muito dinheiro. O Itaú teve um lucro líquido de R$ 28 bilhões no ano o passado. No primeiro semestre de 2020, mesmo com a pandemia, o banco faturou R$ 8 bilhões.
No tuitaço de hoje (9), os sindicatos usarão uma outra hashtag: #ItauPareDeAmeçarMeusPais.
Além do Itaú, o Santander, o Bradesco, o Mercantil do Brasil e o Safra também estão demitindo funcionários em plena pandemia.