Sexta, 18 Setembro 2020 19:14

Sindicatos farão campanha nacional contra demissões no Itaú

 

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

Para denunciar o Itaú por demitir centenas de pais e mães de família em plena pandemia, a Contraf-CUT, a Comissão de Organização dos Empregados (COE), federações e sindicatos de bancários de todo o país farão uma campanha nacional, a partir da próxima semana. A decisão foi aprovada pela COE, em reunião na última terça-feira (15/9). Será feita uma forte campanha de mídia, inclusive nas redes sociais, denunciando o Itaú.

Nas redes sociais

O lançamento da campanha será na próxima quarta-feira (23), com um tuitaço às 11h. A partir deste dia, as peças, matérias, vídeos e cards/memes feitos sobre o tema devem ser publicados nas redes sociais com a #ItaúNaoDemitaMeusPais.

Ao impor o corte maciço de pessoal, iniciado em 10 de setembro, o maior banco do país rompeu o compromisso assumido com o movimento sindical bancário de não demitir durante a crise do novo coronavírus. As demissões mostram a verdadeira face do Itaú que, em sua publicidade, aparece defendendo a solidariedade neste momento. Foram mais de 130 demissões em várias cidades do país. O banco disse que eram motivadas pelo encerramento da área de Veículos. Porém, denúncias mostram que também foram registradas demissões em agências, fato já admitido pelo banco.

Crueldade

 “Além de descumprir o acordo, o Itaú age com crueldade com os funcionários que não deixaram de trabalhar em momento nenhum, mesmo com risco de serem contaminados e perderem a vida – como aconteceu com vários – que, por isto mesmo, deveriam ser valorizados. Mas, pelo contrário, a resposta do banco foi a deflagração de um processo nacional desumano de demissões em massa, sem nenhuma solidariedade ou responsabilidade social. Vamos denunciar esta atitude publicamente”, avisou Izabel Menezes, diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, que estará à frente da campanha.

Lucro de R$ 28 bilhões

A dirigente lembrou que não há qualquer justificativa para as demissões, até porque o Itaú teve um lucro de mais de R$ 28 bilhões no ano passado. “E não é só isso. O banco está sendo ainda mais cruel por colocar os bancários na rua num momento de estagnação econômica, em que não há vagas no mercado de trabalho. É preciso repetir: são pais e mães de família jogados no desemprego num momento de dificuldade extrema em todo o mundo”, frisou.

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