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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú cobrou da direção do banco, em reunião virtual realizada nesta terça-feira, dia 15 de setembro, explicações sobre as 130 demissões impostas somente na área de veículos e outras que ocorrem em agências de todo o Brasil.
Na avaliação dos sindicalistas, a maior instituição financeira privada do país não tem motivos para dispensas trabalhadores e a alegação de baixo desempenho dos bancários demitidos é uma desumanidade neste momento de crise sanitária e econômica. Além disso, só no ano passado, o Itaú lucrou R$ 28 bilhões.
“É uma contradição o fato de o banco tentar passar uma imagem de compromisso social e preocupação com a preservação da vida em campanhas publicitárias e, na prática, demitir funcionários, lançando famílias inteiras à própria sorte em plena pandemia. Este não é um momento de cobrar performance dos empregados, mas de proteger e preservar as vidas”, afirma a diretora do Sindicato do Rio, Maria Izabel, que é da COE e participou da negociação.
Campanha contra dispensas
A COE reafirmou a importância de manter um canal de diálogo na mesa de negociações com o Itaú, mas decidiram ainda denunciar a prática de demissões nas redes sociais. Uma hora antes da reunião, às 14 horas, houve um twittaço com a hashtag #ItaúPareDeDemitir.
Na reunião, os representantes do Itaú informaram que realocaram 70% dos funcionários da área de veículos que inicialmente iriam ser demitidos. Os membros da COE cobraram mais transparência nos números de funcionários a serem atingidos pelas mudanças e que todos, e não apenas 70%, sejam realocados em outras áreas da instituição.
Bancários adoecidos
A ânsia do Itaú em demitir trabalhadores não tem limites e não leva em consideração nem mesmo os trabalhadores adoecidos, o que é ilegal, e até funcionários que receberam prêmios por bom desempenho foram dispensados. O movimento sindical cobra também que o banco realize exames demissionais criteriosos.
As demissões nas instituições financeiras levantou outra questão importante, que revela a anomalia das novas regras trabalhistas: a necessidade da volta das homologações serem feitas nos sindicatos da categoria, tema que será tratado nas próximas reuniões.