Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

A pressão do movimento sindical e de toda a categoria bancária garantiu dois avanços para os funcionários do Itaú:  a extensão do home office até o final de janeiro 2021 e a reabertura de agências para reduzir o fluxo de pessoas nas agências e departamentos, evitando aglomerações que aumentam o risco de contágio dos bancários e de clientes e usuários.

Conquista dos bancários

O anúncio foi feito em vídeo pelo presidente do banco Candido Bracher aos funcionários nesta quarta-feira (12). O executivo afirma que a volta do trabalho aos polos administrativos “só acontecerá após o final de janeiro de 2021”, o que não quer dizer que após este período tudo voltará ao normal, dependendo do controle da pandemia a partir das novas vacinas, previstas para serem aplicadas a partir de fevereiro do ano que vem. Bracher revelou ainda que o banco tem estudado opções para definir como se dará esta volta, com prioridade para o trabalho remoto.

A diretora do Sindicato Maria Izabel, membro da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco, destacou a importância desta conquista dos bancários.

“Desde que começamos a pressionar o Itaú logo no início desta pandemia, passou a haver um debate interno no banco sobre a possibilidade de expandir o tempo dos trabalhadores em Home Office e preservar os funcionários do grupo de risco. É muito importante também a decisão de abrir mais agências para descentralizar a demanda e evitar aglomerações, pois com a flexibilização das medidas de distanciamento social a situação estava insustentável nas agências e departamentos que concentravam o atendimento”, explica.

Sem demissões

O Itaú anunciou ainda a reabertura de 108 agências para diminuir o fluxo de pessoas nesses locais. O banco informou também que vai fechar 23 agências. Outra conquista fundamental foi a garantia de que todos os funcionários das agências fechadas serão realocados. Ninguém será demitido.

Pressão por metas

Um problema que vem afligindo os funcionários do Itaú e que tem se repetido nas demais instituições financeiras é o aumento da pressão por metas em plena pandemia. O Sindicato tem recebido seguidas denúncias de bancários de que a situação está insustentável, elevando o número de trabalhadores adoecidos. O Sindicato e a Contraf-CUT têm cobrado do banco uma solução, mas nenhuma medida ainda foi tomada pela direção do Itaú para solucionar esta demanda.

Teletrabalho

No vídeo, o presidente do Itaú reafirmou também a tendência de que o trabalho remoto veio para ficar, deixando claro que bancos e empresas aproveitam o período da pandemia para fazer um grande laboratório com o trabalho em casa para os empregados, a fim de reduzir custos e aumentar os lucros.

“Por isso defendemos a regulamentação deste novo modelo de trabalho para garantir todos os direitos também para quem for ficar no teletrabalho”, alerta Izabel.

Fonte: Contraf-CUT